As marchinhas sumiram

No passado, carnaval sem marchinha não era carnaval. Hoje, o ritmo se encontra um pouco esquecido, dando lugar a outros como  o axé e o forró. Entretanto, engana-se quem pensa que o estilo musical desapareceu. Prova de que ele continua vivo é a existência do 3.º Concurso Nacional de Marchinhas da Fundição Progresso – Prêmio Lamartine Babo, que tem entre os finalistas uma professora que vive em Curitiba: Marília Passos Silveira, de 65 anos.

Marília, que soube do concurso pela internet, foi classificada com a música O ET de Copacabana, que fala sobre seu amor pelo Rio de Janeiro. ?Sou nascida em Santa Catarina e criada em Curitiba. Entretanto, sou apaixonada pelo Rio de Janeiro. Foi essa paixão que tentei retratar na marchinha que compus?, afirma.

A obra, junto com outras nove selecionadas no concurso, irá compor um CD que será lançado, em janeiro do próximo ano, pela Som Livre.

Além disso, irá concorrer a prêmios de R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 3 mil, que serão destinados respectivamente ao primeiro, segundo e terceiro colocados do concurso. Em 20 de janeiro, as marchinhas serão colocadas em votação, ao vivo, pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

O Concurso Nacional de Marchinhas da Fundação Progresso foi criado em 2005, quando recebeu 601 inscrições de treze estados brasileiros. Naquele ano, o grande vencedor foi o compositor Homero Ferreira, que é autor da já consagrada Me dá um dinheiro aí. Ele venceu com a música Milagre do viagra. Na segunda edição, no ano passado, a vencedora foi a paulista Bete Bissoli, com a obra Pra Carmen.

O objetivo do concurso, segundo os organizadores, é ajudar a revitalizar os antigos carnavais cariocas. Entretanto, ao longo das últimas edições, o trabalho acabou incentivando a criação de disputas semelhantes em treze cidades dentro de estados como o Pará, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Ao prêmio Lamartine Babo, podem concorrer compositores de todo o País. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo