Árvores da Cidade não é um livro, não é uma revista, não é um catálogo. Trata-se de uma publicação fundamental para os amantes do meio ambiente e especificamente das árvores. O autor Rubens Matuck diz que é um livro para crianças. Pode ser. Mas em uma análise mais detalhada e pode-se perceber que serve com utilidade para qualquer idade. Ele, em suma, por meio de fotografias e textos simples e objetivos, homenageia as árvores, criaturas que oferecem gratuitamente casa, alimento e descanso para outros seres vivos.
Do pau-ferro a magnólia, passando pelos notáveis jequitibás, pelas elegantes quaresmeiras, o autor tem a intenção de cativar as crianças para que elas se tornem amigas dessas criaturas, que tanto oferecem e nada exigem do ser humano. É melhor insistir, deve ser possível cativar os adultos também.
O livro utiliza cada mês do ano para descrever uma árvore e mostrar algumas de suas características. Maio é dedicado, por exemplo, ao pinheiro do Paraná e ao imbiruçu. Trecho da publicação: ” o Brasil tem poucas espécies de pinheiros nativos. Duas estão na região sul e sudeste e uma, na Amazônia. A mais conhecida, porém é o pinheiro do Paraná, ou araucária. Esta árvore foi muito importante na colonização dos estados sulinos brasileiros, fornecendo matéria-prima para moradias, móveis, instrumentos musicais. O pinhão, fruto da araucária, alimenta muitos animais da floresta, de pequenos roedores como a paca, até chegar ao homem.