Artistas se engajaram na campanha contra Bush

O rapper Eminem tem criticado George W. Bush, o atual presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição. Bruce Springsteen é um dos líderes do movimento. E eles não estão sozinhos: músicos, artistas de Hollywood, celebridades em geral se uniram na campanha contra o candidato republicano.

Numa das primeiras cenas do clipe de animação Mosh, Eminem lê um livro para crianças numa escola – o livro, aliás, está de cabeça para baixo – quando um avião explode. A cena é uma alusão ao atentado de 11 de setembro de 2001: quando Bush foi informado do ataque ao World Trade Center ele estava na mesma situação numa escola da Flórida.

“Ele é como um cachorro que corre atrás do próprio rabo. Ele só olha para o rabo dele. Os jovens estão morrendo, crianças estão sem futuro, quem tem menos de 20 anos não sabe o que vai acontecer daqui pra frente. E para que isso? Para termos um Vietnã 2?”, disse Eminem em entrevista à revista Rolling Stone.

Eminem, porém, não declarou seu voto. Se Bush sempre esteve fora de cogitação, o democrata John Kerry também não é o candidato.

“Ainda estou indeciso. Kerry sabe dizer coisas que prendem minha atenção e tem opiniões que eu gosto, mas ainda não sei. Seja qual for a minha decisão, quero Bush fora do governo”, diz ele.

Leonardo Di Caprio já subiu em palanques do seu candidato, Kerry, mas seu engajamento vai além: ele buscou convencer jovens americanos a votar. O astro liderou a campanha Get out the vote, ao lado da estrela do hip hop Sean P Diddy Combs. A dupla perambulou por várias universidades e Leonardo não parou de falar mal de Bush, atacando a política ambientalista de Bush.

Bruce Springsteen é o maior líder de toda oposição artística a Bush. O cantor tem como público maior os caipiras americanos que, teoricamente, seriam eleitores de Bush. Ao lado de Eminem e Di Caprio, também estão os atores Tim Robbins, Sharon Stone e Susan Sarandon e os músicos americanos do R.E.M., Beastie Boys, Pearl Jam e Green Day, além dos britânicos Radiohead e Sting. Em entrevista a um jornal alemão, Sting disse que se fosse americano “preferiria votar em um chimpanzé”. Para ele “um político precisa ser capaz de pensar e se expressar, coisas que o atual presidente americano não consegue fazer”.

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