Nesta terça-feira (11), às 18h30, tem início no Salão Paraná do Memorial de Curitiba a exposição ?118 Curitiba?, que reúne trabalhos dos argentinos Dufva Nielsen, Mirtha Bermegui e Yiyú Finke, integrantes do Grupo 118. O erotismo permeia as obras dos três artistas, que se expressam em diferentes linguagens. Dufva apresenta instalação fotográfica, Mirtha mostra animações e objetos realizados em materiais variados, e Yiyú mistura pinturas e fotografias em sua instalação. A mostra permanece aberta até o dia 11 de maio, com entrada franca.
Os artistas que compõem o Grupo 118 vivem em diferentes regiões da Argentina, mas reúnem-se periodicamente para discutir suas produções e configurar as mostras do 118. As exposições ganham o nome da cidade visitada, sendo que o grupo já mostrou sua arte em diversas localidades argentinas, além da cidade paranaense de Foz do Iguaçu, em 2004.
Para a exposição ?118 Curitiba?, o artista Dufva Nielsen preparou a instalação fotográfica ?@ternidad?, formada por 50 imagens de um torso masculino. Na obra, o artista critica o consumismo, elegendo como imagem um símbolo erótico que invade balcões, prateleiras, camas e mesas. ?A força erótica não está apenas no ícone. Ultrapassa a imagem, é táctil, fetichista. Sua ligação com o dia-a-dia das pessoas é imediata: a cama, a mesa, o mercado, a rotina, tudo normal, mas dentro de uma atmosfera de transgressão?, escreve na apresentação da mostra o artista plástico e crítico de arte, Raul Córdula.
Mirtha Bermegui tem trabalhos com significados eróticos, executados em diversas técnicas. Os objetos intitulados ?Tocame? misturam uma infinidade de materiais, criando pinturas tridimensionais que caracterizam a transformação da escultura. ?A escultura é a arte que mais se transformou na contemporaneidade. A escultura criada por Mirtha tende a ser uma extensão da pintura?, ressalta Córdula. A artista também mostra as animações ?Por el mundo?, ?Mi osito y yo? e ?Lady Milk y el pintor?.
A instalação ?Contrabando? de Yiyú Finke apresenta-se como um contraponto à sensualidade dos trabalhos de seus companheiros. A artista desenha com formigas e faz referência romântica à vida real e cotidiana, embora seu trabalho fale de morte, segundo Córdula. ?Ela nos leva a túmulos, a arqueologias, a descobertas de coisas que já não existem?, destaca o crítico. Em painéis que abrigam pinturas e fotografias, estão formigas de vários tamanhos, traçadas em fragmentos de cores selecionadas por Yiyú.
Serviço
Memorial de Curitiba
(Rua Claudino dos Santos, s/n ? Setor Histórico ? fone: 41 ? 3321-3313)
Salão Paraná (2º andar)
Exposição ?118 Curitiba?, com trabalhos dos artistas argentinos Mirtha Bermegui (objetos em materiais variados e animações), Yiyú Finke (instalação) e Dufva Nielsen (instalação fotográfica), integrantes do Grupo 118
De 11 de abril (abertura às 18h30) a 11 de maio de 2006
Horário de visitas: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados e domingos, das 9h às 15h
Entrada franca
