Artista expõe obras inspiradas na natureza nos jardins do MON

Árvores construídas pela arte invadem o extenso jardim frontal do Museu Oscar Niemeyer. São 37 obras em bronze, vidro e aço enferrujado e policromado, produzidas nos dois últimos anos pela artista plástica Elizabeth Titton, nascida em São Paulo e radicada em Curitiba desde os 8 anos. A exposição ?Elizabeth Titton ? In Natura? abre neste sábado (29), às 11h. O público poderá participar da abertura, já que a bilheteria estará franqueada no período das 10h às 13h. A mostra fica no museu até 11 de novembro.

Como sugere, o grande tema da exposição é a natureza, daí a justificativa dos títulos das obras: ?Árvore da Palmeira?, ?Árvore das Frutas?, ?Árvore da Neve? e assim sucessivamente, em trabalhos de médio e grande porte, com dimensões de 2 a 6 metros. Exceção apenas para a ?Árvore Kaciana?, uma homenagem especial de Titton a dois artistas. ?São reminiscências da infância, até as formas e o desenho, de design simples, remetem aos traços da infância. É a minha mitologia pessoal, na busca de uma arte única. Não estou preocupada em fazer arte de internet, busco a originalidade que só vou encontrar na minha essência. Quanto mais essencial mais universal.?

Titton ressalta que outra questão que levanta é o uso da produção industrial na construção de uma linguagem poética e romântica. ?Acredito que é um contraponto interessante. Utilizo o processo industrial, com trabalho a laser, mas que tem como objetivo a obra de arte.?

Interação

A ?Árvore Kaciana?, destaque da mostra, propõe um diálogo sobre a arte clássica e a arte contemporânea. Com seis metros de altura, a obra, construída em aço enferrujado e policromado nos laços pintados de cor-de-rosa, é composta por outros dois elementos que a diferenciam: um painel com a plotagem de uma bailarina e um coelho verde, posicionados em um deck de madeira abaixo da escultura.

Segundo a artista, a bailarina faz um paralelo com a conhecida obra ?Bailarina de 14 anos? do artista francês Edgar Degas, que ficou conhecido por seus desenhos e esculturas de bailarinas. Já o coelho é uma homenagem a Kac, artista brasileiro que vive em Chicago (EUA) e que trabalha com a chamada arte biológica. ?Tenho grande admiração por esses artistas, e muitas pessoas não entendem muito até que ponto um coelho verde é arte e o que é arte. O que é arte contemporânea. É uma discussão permanente.?

Com a intenção de promover essa reflexão e diálogo, a artista propõe ao público a interação com a obra. O painel da bailarina, semelhante aos de parques de diversões, possui uma abertura pela qual o visitante pode colocar o rosto para fazer fotos. Alternadamente, até o final da mostra em novembro, esse painel será substituído pela presença real de uma bailarina e o coelho de pelúcia por uma pessoa vestida de coelho. Os personagens reais não atuarão conjuntamente, farão performances separadas, meio período estará a bailarina e na outra parte do dia o coelho.

Serviço Exposição:

Elizabeth Titton ? In Natura

Período Exibição: 29.09 até 11.11.07

Apoios: Governo do Paraná, Secretaria de Estado da Cultura, Caixa Econômica Federal, Clearchannel

Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999

Centro Cívico ? CEP: 80530-230

Telefone: (41) 3350-4400

Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h

Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes

(Não pagam crianças de até 12 anos, maiores de 60 anos e grupos agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental)

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