Uma obra do espanhol Pablo Picasso estimada em 15 milhões de dólares retornou a um museu parisiense depois de uma inusitada viagem. La Coiffeuse havia desaparecido de um depósito francês há mais de dez anos e só voltou no ano passado, em um pacote enviado da Bélgica com destino a Nova York. O selo falso da aduana belga identificava o quadro como um “presente de Natal” no valor de US$ 37.

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Sua recuperação ao acervo do museu se deu depois de uma longa investigação e foi celebrada pelas autoridades. Uma ministra do governo francês e a embaixadora dos Estados Unidos na França participaram, na quinta, 24, da inauguração da pintura abstrata no Centro Pompidou de Paris. Os trabalhos para localizar quem enviou o pacote e como a pintura foi roubada do museu ainda não foram concluídos. Depois de conseguirem recuperá-la, as autoridades norte-americanas disseram que a arte de 1911 apresentava pequenos danos e que iria precisar de uma restauração.

“Foi um momento muito feliz quando me disseram que a pintura havia sido recuperada”, disse Olivier Picasso, neto do pintor, que qualificou o fato como uma recuperação para a história da arte. A ministra de Cultura francesa, Fleur Pellerin, contrastou o “evento feliz” de quinta-feira com o lado obscuro dos roubos de obras de arte. “Na batalha contra o tráfico de arte, também vemos acontecimentos infelizes e dramáticos, como o saque sistemático e perfeitamente organizado que o Estado Islâmico está cometendo no Iraque e na Síria”, disse Fleuer. E lembrou dos casos recentes: “Sabemos que este grupo terrorista se nutre do massacre e da venda de objetos saqueados de lugares antigos, como aquele de Palmira”.

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