Obras contemporâneas de três artistas plásticos brasileiros estão expostas até o dia 12 de setembro, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Curitiba. São obras separadas, mas que dialogam entre si através de pinturas, construções e até mesmo instalações localizadas fora do museu.

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Os responsáveis por essas obras são os artistas Carlos Zílio (Rio de Janeiro), Flávia Duzzo (Rio Grande do Sul) e Geraldo Zamproni (Rio de Janeiro). Para o diretor do MAC, Alf Vivern, são obras ligadas entre si.

“O fato de estarem agrupadas no mesmo jardim cria um elo de memória e identidade às obras, que comportam desde os zíperes das obras de Zamproni até o tamanduá bandeira representado no trabalho de Carlos Zílio”, diz.

Segundo Vivern, essa será a primeira exposição de Carlos Zílio em Curitiba. Nessa exposição, Zílio faz uma espécie de reavaliação do modernismo brasileiro através de uma referência de família.

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“Ele faz trabalho com dois desenhos de tamanduá bandeira que acabam se transformando pinturas de grande formato. Segundo o autor, o tamanduá presente em suas obras realmente existiu. Era como o animal de estimação de seu pai”, conta Vivern. A retratação do animal é feita apenas em três tons.

A artista Flávia Duzzo contribui na contemporaneidade proposta pelo MAC com seu trabalho feito com canetas de diferentes cores. “Trata-se de um estilo padronizado. Ela faz interferências que remetem um pouco o fluxo sanguíneo. De perto a imagem é uma e, de longe, outra”, interpreta o diretor.

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As obras do arquiteto Geraldo Zamproni, cuja série intitula-se Sustentabilidade, é constituída de elementos arquitetônicos que passam a ideia do inacabado. “Ele mistura elementos como zíper e concreto com a intenção de demonstrar algo que pode ser trocado com facilidade e a qualquer momento, com a facilidade do zíper”, diz.

Segundo Zamproni, usar o zíper para conectar elementos arquitetônicos aborda a rápida possibilidade de construção ou desconstrução de estruturas e aproxima a arquitetura do campo da moda, onde as tendências passam rápido.

Serviço

As exposições podem ser vistas até o dia 12 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16, Centro). Entrada franca.