A beleza da música de Gershwin e a reconhecida competência da Orquestra Sinfônica do Paraná atraíram um público que formou longas filas e lotou o Guairão neste domingo (17). O repertório escolhido, bastante conhecido do público, fez a platéia de mais de 2 mil pessoas aplaudir entusiasticamente no final de cada peça. O ponto alto do concerto foi ?Rhapsosy in Blue?, peça à qual a pianista titular da OSP, Analaura de Souza Pinto, deu uma interpretação de grande efeito e que impressionou de forma especial os ouvintes.
Com a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, que pela sétima vez dirige a temporada da OSP, o concerto teve início com a ?Abertura Cubana?, obra que explora os efeitos sonoros dos instrumentos de percussão, principalmente os ligados ao folclore cubano. Como as outras obras, essa foi executada de forma soberba pela OSP e agradou aos espectadores sobretudo pelo estilo latino facilmente reconhecível.
A obra mais aplaudida foi ?Rhapsosy in Blue?, concebida por Gershwin a convite do célebre maestro Paul Whitman, originalmente, chamava-se ?American Rhapsody?. Por sugestão de seu irmão Ira Gershwin, o compositor acabou por denominá-la ?Rhapsody in Blue?. Muito aplaudida também foi a magnífica interpretação de ?Summertime?, ária da ópera ?Porgy and Bess?, pela mezzo-soprano Fátima Castilho. É sem dúvida o trecho mais conhecido da ópera de Gershwin, gravado por grandes cantoras líricas e populares do mundo inteiro.
Com ?Um Americano em Paris?, um poema sinfônico de George Gershwin que retrata as impressões de um americano em visita a Paris, a OSP encerrou o seu concerto de Abertura da Temporada, com indiscutível sucesso. A fila que se formou na entrada do Guaíra fez com que o concerto não começasse na hora prevista, para que se pudesse atender ao maior número possível de espectadores. Como acontece na maioria dos eventos, apesar dos ingressos haverem sido colocados à venda com dez dias de antecedência, a grande procura se concentrou na hora do concerto.