Desde que foi publicado, em março de 2004, o livro O Monge e o Executivo, de autoria de James C. Hunter, não só se tornou um best-seller na área de carreira como também se mantém como a obra mais vendida no segmento de auto-ajuda até hoje.

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Entendi esse desempenho tão diverso quando iniciei minha leitura e percebi que esta não é importante só para aqueles que ocupam cargos de liderança, mas para todos que se preocupam em tornar seus relacionamentos profissionais mais claros, verdadeiros e significativos. Surpreendi-me ao perceber que o objetivo final da obra é ajudar cada um a se tornar uma pessoa melhor.

Ao lermos a história de John Daily, um homem de negócios bem sucedido que percebe que está fracassando como chefe, marido e pai, começamos a nos enxergar em diversos relatos de exemplos, situações e experiências. Constatamos que o ser humano ainda tem muito a aprender quando se trata de relacionamento e que, provavelmente, a resposta para muitos dos nossos questionamentos, conflitos e dúvidas pode estar mais próxima da nossa essência e de ensinamentos contidos na religião, já que todas as pessoas têm uma crença a respeito da origem, natureza e finalidade do universo.

o autor começa a discorrer sobre os princípios da liderança, começamos a entender um pouco melhor por que esse livro nos ajudará a melhorar a forma de nos relacionarmos. Ao concordarmos que a liderança é a ?habilidade de influenciar pessoas a trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum?, entendemos que liderança é uma capacidade adquirida e, portanto, pode ser aprendida e desenvolvida por alguém que tenha esse desejo e pratique as ações adequadas. Todos podem ser líderes em algum momento de sua vida porque todos podem influenciar pessoas.

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Num mundo corporativo em que a velocidade das mudanças se torna cada vez mais rápida, o papel do líder é cada vez mais necessário. E devemos entender como líder não apenas aqueles que efetivamente precisem exercer esse papel pois ocupam um cargo ou função de liderança, mas qualquer colaborador que, em determinada situação, agregue maior valor por possuir informações, idéias, capacidade de inovar, de modificar e de conduzir um processo de trabalho. A transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento que estamos vivenciando não pode ser construída dentro do padrão habitual de mandar e obedecer. Por isso mesmo é preciso que posicionamentos e valores sejam revistos.

É exatamente nesse momento que o livro destaca Jesus Cristo, pois ninguém inspirou mais as pessoas a agir da maneira certa do que Ele. Mas, de que forma Jesus fazia isso? Servindo!

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Num primeiro momento isso pode lhe parecer estranho, mas pense: o papel de um líder é ajudar as pessoas de sua equipe a ser o melhor que elas podem ser. Portanto, a liderança é servidora, pois é por meio dela que o líder faz com que sua equipe se supere, dê o melhor de si, aumente o seu nível de comprometimento e motivação. Dar às pessoas o que elas precisam garante ao líder que a equipe vai lhe dar o que ele precisa!

Por isso mesmo precisamos começar a entender melhor o que é e como funciona a liderança servidora, considerada por James Hunter como o mais poderoso princípio da liderança e exatamente por isso tema de seu segundo livro Como se tornar um líder servidor.

Não é difícil supor o tipo de liderança do qual ele está falando. O líder que conhece cada pessoa da sua equipe sabe que elas são diferentes, que se encontram em etapas de desenvolvimento distintas e que possuem necessidades e expectativas diversas, o que faz com que ele precise encontrar a melhor maneira de gerenciar e liderar cada um.

Utilizando esses princípios, o líder aprenderá que liderar é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por conta de sua influência pessoal. Dessa forma, todos poderão atingir a produtividade almejada.

Vera Braga Mattos – Consultora em gestão de pessoas da ACTA Educação, RH e Carreira e do GPP