A Alanis Morissette que subiu ao palco terça-feira (3) à noite no Via Funchal, em São Paulo, foi a mesma menina revoltada que ganhou o mundo em 1995. Quatorze anos mais velha, Alanis repete o roteiro que sempre a acompanhou pelo Brasil – é a quarta passagem da canadense pelo País, que ainda toca hoje em Belo Horizonte, no sábado em Florianópolis e na terça-feira em Porto Alegre.
Os gritos histéricos do público paulista anteciparam sua chegada ao palco com 20 minutos de atraso, às 22h20. Com Uninvited, a velha Alanis refletiu a adolescente dos anos dourados. Sacudia freneticamente as longas madeixas, corria desajeitadamente para trás. Com um repertório que privilegiou as músicas do seu melhor álbum, Jagged Little Pill, de 1995 -, Alanis alternou durante a uma hora e meia de espetáculo músicas novas e clássicos juvenis.
Se com Not as We – canção do recente Flavors of Entanglement – emocionou os nascidos após os anos 90, com All I Really Want tirou um sorriso dos trintões. Sem ter revelado grandes composições após Jagged…, Alanis tocou oito faixas de um total de 13 que o álbum traz. Na parte final, levou sua banda para a frente do palco e despiu quatro canções para o formato acústico. Hand in My Pocket foi a mais aplaudida. O bis teve You Learn, Ironic e Thank You.