Juliana Didone: ?Desta vez
foi só um teste e pronto?.

Protagonizar uma das temporadas de Malhação era uma espécie de objetivo inalcançável para Juliana Didone desde que estreou na carreira de atriz, em 2001. Fã do “folheteen” na adolescência, ela sempre achou que o papel principal da trama seria um belo “empurrão” em sua trajetória. A história começou a ganhar ares de realidade no início do ano passado, quando ela chegou a “finalista” nos testes para o papel de Luísa, que acabou nas mãos de Manoela do Monte. A experiência de ser preterida “bem na cara do gol” foi tão forte que, desta vez, Juliana já tinha desistido de esperar pelo telefonema que a confirmaria como protagonista da nova temporada do “folheteen”. Ela jura que já não tinha nenhuma esperança com os testes, realizados em agosto, quando foi chamada para uma reunião com o diretor Ricardo Waddington, em dezembro. “O mais engraçado é que da outra vez fiz vários testes diferentes. Desta vez, foi um só e pronto!”, surpreende-se a atriz.

Nas duas situações, Juliana não teve muito tempo para “digerir” a notícia. Da primeira vez, por vontade própria, já que preferiu voltar para São Paulo, onde morava, a ficar “curtindo fossa” no Rio de Janeiro. Lá, tratou de se matricular num curso de interpretação e deu mais atenção à carreira de modelo. “Saía de casa às 9 h da manhã e voltava às 10 h da noite”, lembra. Agora, diante da boa notícia, teve apenas uma semana para organizar a mudança para o Rio de Janeiro e fazer provas de figurino e maquiagem para Letícia, a determinada e consciente protagonista do “folheteen”. “Foi tudo tão rápido que, até começar a gravar, ainda não tinha ?caído a ficha?”, comenta, em tom elétrico.

Pra cima

Falante e bem-humorada, Juliana definitivamente não é do tipo que se abala com as pequenas derrotas. Mas também não esconde suas expectativas frustradas. Como as que alimentou quando foi convidada para entrar na novela Mulheres Apaixonadas. Na pele de Luísa, uma bolsista da Escola Ribeiro Alves, ela deveria fazer um contraponto à insuportável Paulinha, interpretada por Ana Roberta Gualda. Mas sua participação acabou reduzida a uma cena com Carlinhos, personagem de Daniel Zetel. “É claro que a gente sempre quer que uma personagem cresça. Mas, se não rolou, ?bola pra frente?”, ensina a atriz, que é fã do autor Manoel Carlos.

Em Letícia, que também é bolsista no Múltipla Escolha, é justamente o “jeito bem-humorado de encarar a vida” o que Juliana mais admira. Filha da inspetora Lúcia e do gari Jorge, personagens de Tássia Camargo e Ricardo Petraglia, a menina se dá bem com a família e se torna amiga das garotas riquinhas do colégio. Ao contrário do irmão, Cadu, vivido por Bruno Ferrari, que vive se metendo em confusões por ter vergonha de ser pobre.

Em sua composição, a atriz não ficou muito preocupada em “criar um tipo” para Letícia. Aos 19 anos, acha que ainda tem bem vivos na memória os conflitos típicos da fase que a personagem vive, aos 16. E prefere apostar mais nas características que o próprio texto sugere sobre a personalidade de Letícia. “É claro que somos diferentes, mas não fico ?pirando? numa composição. Pego o que o texto me dá e me coloco naquela situação”, explica, com naturalidade.

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