Concretizar a carreira de atriz é o maior desejo de Stephany Brito. Mas a paulistana de 15 anos não é do tipo que dispensa convites facilmente. Por isso, já atuou em comerciais, se arriscou na passarela como modelo, fez peças infantis, trabalhou em novelas e participou de videoclipe.
Dona de um jeito meigo e demonstrando um amadurecimento prematuro para a idade, Stephany vive atualmente uma nova experiência profissional depois de se destacar como a geniosa Samira em “O Clone”.
Desde o início de novembro, a atriz pode ser vista nas manhãs de sexta-feira à frente do “TV Globinho” como apresentadora da produção infantil global. “Nunca havia apresentado nada e, até por isso mesmo, tive muita vontade de fazer este trabalho. O ator tem de ser polivalente para um dia ser completo”, garante.
Stephany passou por três testes antes de receber a resposta afirmativa da emissora de que seria uma das seis novas apresentadoras do “TV Globinho”. O programa, que exibe desenhos animados entre as 10:35 h e 11:50 h de segunda a sábado, tem uma apresentadora para cada dia. A produção exibe desenhos como “O Homem-Aranha”, “Bob Esponja” e “Rugrats, Os Anjinhos”. Stephany não esconde que nunca havia assistido ao nipônico “Dragon Ball” e que está começando a gostar de “As Três Espiãs Demais”, exibido pela primeira vez na Globo na “TV Globinho”. “O único que eu sabia do que se tratava era o do Homem-Aranha. Por isso, tive de ficar por dentro do que acontecia nos outros desenhos”, reconhece.
A atriz revela que precisou de um tempo para se acostumar e entender a função de apresentadora. Novata na área, Stephany ouviu logo no primeiro teste que ela deveria ser mais natural e não tentar incorporar nenhuma personagem, como nas produções de dramaturgia. A atriz logo entendeu e começou a se portar como se ela estivesse comentando os desenhos com os amigos. “Realmente, tive de superar este obstáculo, mas agora já está tudo bem”, afirma, seriamente. Outra providência que tomou foi assistir aos desenhos que o “TV Globinho” exibe para ter segurança ao fazer comentários sobre os personagens e sobre as histórias das produções. “Chegar e sair reproduzindo o texto qualquer um faz. O importante é ter noção do que você está falando e passar firmeza para o espectador”, frisa Stephany, que é fã dos desenhos da Turma da Luluzinha.
Um dos pontos que mais agrada à atriz é o “TV Globinho” ser apresentado por meninas com tipos físicos diferentes entre si. Stephany, por exemplo, tem a pele clara e cabelo castanho escuro. Já Élida Muniz é negra e Geovana Tominaga, descendente de japoneses, além das “lourinhas” Graziella Smith, Fernanda Freitas e Deborah Secco. “É ótimo esta diversidade, pois mostra que as apresentadoras não precisam ser necessariamente louras para comandar programas infantis”, destaca. Apesar de visivelmente empolgada com a nova função, Stephany nem pensa em abandonar a dramaturgia. Até mesmo porque a atriz confessa que, mesmo após seis meses do final de “O Clone”, ela ainda é abordada nas ruas devido ao sucesso que a sua personagem Samira fez junto aos públicos infantil e adolescente. “Realmente, ainda sou muito reconhecida pela Samira”, espanta-se.
Sem esconder que quer voltar a atuar em novelas o quanto antes, Stephany passou por outra experiência inédita em sua carreira logo depois de “O Clone” . Ela participou do videoclipe da banda B5, composta por sete garotos. O clipe da música “Matemática” conta a história de um menino que ficou em recuperação e fica a fim de uma menina que passa sempre em frente ao colégio. A tal musa do rapaz não é outra senão Stephany. “Foi uma honra para mim eles me chamarem, pois também adoro a banda”, elogia. Na verdade, a atriz chama a atenção pela surpreendente maturidade. Aos 7 anos, ela convenceu a mãe a matriculá-la em um curso de teatro em São Paulo. Aos 11, passou para o teste de “Chiquititas” e morou em Buenos Aires por um ano e meio. Depois, veio a primeira novela na Globo, “Um Anjo Caiu do Céu”, e o destaque em “O Clone”. Irmã do ator Kayky Brito, que vive o Zeca de “O Beijo do Vampiro”, Stephany quer alçar vôos ainda mais altos. “Quero fazer cinema e nunca parar de atuar. É o que mais gosto na vida”, garante a atriz, que já participou do filme “As Vidas de Maria”, de Renato Barbieri, onde viveu a Maria ainda jovem.