A partir de hoje a cidade de Antonina, no litoral do Estado, se transforma na capital paranaense da cultura. A largada para o 16.º Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná (UFPR), principal evento de extensão da universidade, começa à noite com a apresentação do grupo Demônios da Garoa, às 22h, na Praça central. O show 60 anos de tradição, samba e muito humor traz sucessos como Trem das onze, Tiro ao Álvaro e Samba do Arnesto. Durante os oito dias de festival, o público pode participar de 70 oficinas artísticas e acompanhar gratuitamente os espetáculos.
A semana do Festival de Inverno tem tradição e é considerada a maior oportunidade do antoninense interagir com as discussões e as novas linguagens culturais. Segundo a coordenadora de oficinas do Festival, Lais Murakami, essa edição traz novidades nas oficinas infantis e adultas. As novas opções para os menores de quinze anos são a oficina Radiobrinquedo e a Caranguejinho. ?Na primeira as crianças vão gravar um programa na Rádio AM de Antonina e no Caranguejinho, em seu 2.º ano, elas podem participar na produção de um jornalzinho informativo sobre o festival?, afirma Lais. O informativo é o filhote do Caranguejo, jornal oficial do festival.
Entre as oficinas, quarenta são direcionadas para as crianças e trinta para o público adulto: maiores de 15 anos, educação e arte, aprimoramento, monumento movimento e educação especial. Na categoria educação especial o festival dá oportunidade para as crianças da Apae interagirem com o público através da música e da expressão corporal. Na oficina de aprimoramento Concriação Teatral, o ator e diretor Maurício Vogue ministra um curso voltado ao desenvolvimento da criação coletiva através do método artístico.
Nos finais de semana de festival, Antonina costuma receber milhares de visitantes. O público que não quiser participar das atividades complementares nem de oficinas pode ficar com os shows ou com as atividades físicas que ocorrem na rua principal. A organização montou uma estrutura para a cidade receber os visitantes com segurança e conforto. ?Começamos a montar a estrutura na terça-feira. A UFPR disponibilizou dois caminhões e cada um fez três viagens para trazer todo o material?, informa Lais Muraki.
Com uma população de 16 mil habitantes, a cidade é o palco do festival há 16 anos ininterruptamente. Sua programação é referência para acadêmicos e artistas de todo o País. A característica fundamental é a diversidade de linguagens que compõem um panorama da produção contemporânea.