Espetáculos musicais e audiovisuais, exposição e exibição de documentário são as atrações do programa ?Arte no Litoral?, que acontece entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro em Antonina, Matinhos, Morretes e Paranaguá. O projeto é desenvolvido pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), em parceria com o Sistema Fecomércio/ Sesc Paranaguá, e promove turnês mensais da produção artística da Escola, aproximando a arte da população do Litoral paranaense.
A edição de novembro vem com muita introspecção e emoção, preparando o espectador para o final de ano. O duo de saxofones BraSax inicia as apresentações com invenções a duas vozes de J. S. Bach, obra escrita originalmente para instrumento de teclado, cujo intuito era despertar a inventividade e convidar o músico a criar dentro do universo de cada tonalidade musical proposta. Também serão apresentadas ?Sarabande?, de Claude Debussy e ?Romance n.1, Op. 94?, de Schumann.
O duo BraSax é formado pelos saxofonistas Éverton Backes e Willian Pscheidt. Estudantes do Bacharelado em Música na Embap, eles desenvolvem carreira como instrumentistas e educadores musicais, com enfoque para a difusão do saxofone como instrumento da música erudita e popular.
Em seguida, o público assistirá à estréia do espetáculo ?Retire?, que tem a proposta ?tire várias fotos, volte a tirar, retire suas informações, tire suas conclusões. Retire tudo outra vez?. A apresentação audiovisual traz a performance do violonista Marcelo Ijaille e do fotógrafo Roberto Pitella. Com base no recital de Ijaille, a obra trabalha com fotografias, manipulação de luz e textos de autores latino-americanos. O público vai experimentar novas percepções de imagem e som, com projeções dos trabalhos de Roberto Pitella, Regiane Bressan e Aline Higa, ao som dos compositores Amaral Vieira, Villa-Lobos e Pedro Cameron.
O Sesc Paranaguá abre a exposição ?Mon Sacre Coeur?, da artista plástica Beatriz Nocera, que vai conversar com artistas locais sobre a série exposta. Os trabalhos que compõem a série de pinturas pontuam as inter-relações dos objetos do cotidiano feminino, suas representações na pintura e veracidades.
Pintura e bordados criam os diálogos deste universo, vivenciado por mulheres da família da artista, assim como tantas outras, abordando suas introspecções e possíveis silêncios. ?O bordado soma à pintura o caráter artesanal do trabalho manual feminino, enquanto possibilita a pontuação entre aquilo que é real (as rendas, os fios e tramas) e aquilo que ?menciona? esta realidade (a pintura)?, diz Nocera.
A artista é formada em Pintura e pós-graduada em História da Arte pela Embap, além de ser professora de artes plásticas da escola desde 1993. Já participou de salões de desenho, exposições coletivas e individuais de pintura, em Curitiba, exposições coletivas de gravura, no Brasil, EUA, Suíça e Espanha.
