A historiadora Anne Hollander dizia que “a moda vai muito além da roupa, passa a ideia de que um corpo é dotado de uma psique individual e de uma sexualidade particular, de juventude e maturidade únicas, um conjunto próprio de experiências e fantasias”. Foi com conceitos como este que ela ajudou a entender que, mesmo em tempos de fast fashion, vestir-se é expressão única.

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E se hoje a moda é vista também como expressão artística, Anne, que morreu no dia 6 de julho, aos 83 anos em sua casa em Nova York, vítima de um câncer, como confirmou seu marido, o filósofo Thomas Nagel, é uma das grandes responsáveis. “A arte de se vestir é a que todos nós praticamo”, dizia ela. Em seus livros e ensaios, defendia que roupas e modo de vestir revelam muito mais do que ocultam – sobre arte, percepções do corpo e de nós mesmos.

Autora de livros como Sex and Suits (Sexo e Roupas), de 1994, apesar de sua erudição, sempre foi uma pesquisadora independente e nunca pertenceu à universidade. Bacharel em história da arte, começou a escrever nos anos 1970, ao publicar ensaios, resenhas e livros e organizar exposições em museus. Sua primeira obra, Seeing Through Clothes (Ver Através das Roupas), de 1978, guiou leitores por séculos de vestidos e roupas representados na arte. O livro tornou-se referência quando o assunto é a maneira como artistas retratam roupas. / COM AGÊNCIAS

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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