Após a exibição de uma reportagem sobre o depoimento do médium João de Deus, preso desde domingo (16) acusado de abuso sexual de mais de 500 mulheres, o âncora do Jornal da Band, Fábio Pannunzio, emitiu um comentário que irritou internautas Brasil à fora. Segundo o jornalista, é preciso ter cuidado na hora de analisar as denúncias contra o João de Deus, citando inclusive a passagem bíblica (Matheus 13:24-30), em que se separam o joio do trigo.
O que incomodou os internautas, no entanto, foi a fala completa e a maneira com que ele desacredita as vítimas, duvidando da ‘força hormonal do médium’ para conseguir molestar tantas mulheres. Ouça na postagem abaixo:
E o âncora do Jornal da Noite duvidando das vítimas do João de Deus e afirmando que é impossível ele ter tanto apetite sexual assim? pic.twitter.com/nlm22PrPzv
— Ricardo S (@RickSouza) December 18, 2018
As críticas contra o posicionamento do jornalista foram inúmeras.
Parabéns Pannunzio, tinha tantas formas de comentar isso e você escolheu a pior https://t.co/orqZnKNzQr
— Alef de Lima não teve tempo de ir no Jassa (@limaalef) December 18, 2018
Gente vocês chocados com o que Fábio Pannunzio disse sobre João de Deus. Vocês já esqueceram quando a Dayse ganhou o programa MasterChef e ele disse "Como vc se sente mostrando que lugar de mulher é realmente na cozinha". Esse é ele, um escroto machista, nojento. https://t.co/3KDqg8DaJl
— Mina da Varanda (@minadavaranda) December 18, 2018
Até admirava o Pannunzio, mas depois de duvidar das vítimas perdeu meu respeito… A vítima nunca é culpada. https://t.co/DJK2DsJWsi
— Micael Nascimento (@micaelivanildo) December 18, 2018
Algumas pessoas, no entanto, defenderam a independência e opinião do jornalista.
Fábio Pannunzio ganhou meu respeito como jornalista!
Falar contra o senso comum politicamente correto é pra cabra de coragem. E para bons jornalistas.
Não acho que o charlatão seja inocente, mas o contraditório é indispensável. Parabéns, @pannun ! Nosso jornalismo tem salvação.— Frei Tas (@FreiTas39495616) December 18, 2018
Segundo as investigações e denúncias, 30 casos apontam para a prática de três crimes que aconteciam de forma “reiterada”: estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O promotor do caso disse ainda que vários desses relatos aconteceram nos últimos seis meses e, portanto, podem ser passíveis de punição.
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