Ana Furtado troca novelas por jornalismo

Para notar que Ana Furtado é comunicativa bastam alguns instantes. A carioca de 27 anos é realmente “boa de papo”. E foi justamente esta evidente facilidade em se expressar, além da entrada no quarto período da faculdade de Comunicação Social, que levou Ana Furtado a mudar o rumo de sua carreira televisa. Assim que soube que o “Vídeo Show” teria vaga para repórter, bateu na porta da direção do programa. Após apresentar como teste uma entrevista com o humorista Renato Aragão, a elegante morena de olhos e cabelos castanhos acabou sendo contratada.

Com isso, o sonho de enveredar pela carreira jornalística se tornou realidade e os trabalhos na dramaturgia ficaram em segundo plano. “Tanto que poderia fazer ?Sabor da Paixão? e optei pelo programa. Chega um momento que é preciso sair de cima do muro”, confessa, lembrando que passou no teste para a próxima novela das seis.

Ana Furtado não esconde que é mais atraída pelo jornalismo que pela carreira de atriz. Ela explica que se sente melhor entrevistando do que em uma cena romântica de novela ou minissérie. Aliás, é a aproximação corporal com os colegas de trabalho, mais especificamente em cenas de beijo ou de sexo, que fez Ana decidir mudar de lado. “Até faço numa boa, mas não com a espontaneidade que entrevisto ou exponho minhas idéias”, explica.

Só beijo técnico

Em “O Quinto dos Infernos”, minissérie de Carlos Lombardi, ela interpretou a Princesa Maria Teresa. Aparentemente, a mais comportada e normal da família real portuguesa. “Mas no final descobre-se que ela era ninfomaníaca e tinha matado o marido na cama”, empolga-se. Já em “Vila Madalena”, Ana viveu uma patricinha paulista que não podia ver um casal de namorados em paz. Ela era a verdadeira “destruidora de lares”. “A Nina chegava a beijar três em um capítulo. Ela era terrível”, espanta-se. Casada com o diretor das duas edições do “Big Brother Brasil”, Boninho, há três anos, além de mais três de namoro, Ana jura que todos os beijos que deu na tevê até hoje foram, sem exceção, técnicos. “Para mim é complicado esta aproximação física. Tive só três namorados e com último me casei”, tenta justificar.

Difícil

Ana Furtado está mais preocupada em provar que tem competência para fazer reportagens para o “Vídeo Show”. Por enquanto, a segunda matéria que produziu para o “Vídeo Show” é a sua preferida. Foi a que ela conseguiu uma entrevista com a supermodelo Gisele Bündchen durante o São Paulo Fashion Week sem marcação prévia. Ela já estava desistindo quando uma pessoa ligada à modelo a colocou na seleta fila que esperava para falar com a moça após o desfile. “Até o programa da Ana Maria Braga pediu minha sonora emprestada, mas não liberei. Foi uma vitória minha e do ?Vídeo Show?”, gaba-se.

Mas Ana Furtado dá a mão à palmatória. A maioria das entrevistas para o “Vídeo Show” não são difíceis de se conseguir. Basta se plantar na Portaria 3 do Projac e esperar que os atores cheguem para o trabalho. “Consigo as estrelas da casa sem dificuldade”, afirma. Não raramente, no entanto, acontece de ela afugentar a “freguesia global” com as brincadeiras do programa. Em uma delas, vestida de forma provocante e debatendo o assunto virgindade, chegou a deixar o galã Tarcísio Meira sem voz. “Ele engasgou e saiu de fininho”, recorda.

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