A cantora Ana Cascardo, professora do Conservatório de MPB da Fundação Cultural, disputa no domingo (04/09), em São Paulo, a semifinal do Prêmio Visa, um dos mais importantes da música brasileira. Única representante do Sul do Brasil entre os 24 selecionados para a oitava edição do prêmio, ela classificou-se entre os 12 candidatos que disputarão as semifinais.
A semifinal irá selecionar cinco finalistas, que irão apresentar-se no dia 19 de outubro no Espaço Tom Brasil, em São Paulo. Eles concorrerão ao primeiro prêmio de 110 mil reais, mais a gravação de um CD. O segundo colocado ganhará 50 mil, e o terceiro, 30 mil.
"A semifinal será muito difícil, pois o nível dos candidatos é muito elevado. Mas vou me concentrar bastante para fazer uma boa apresentação", afirma Ana.
Além de Ana Cascardo, disputarão as semifinais os candidatos: Yara de Mello, Consuelo de Paula, Márcia Lopes, Vocalise, Rubi, Cris Aflalo, Ana Luiza, Nós Quatro, Luciana Alves, Izabel Padovani, Daisy Cordeiro.
As semifinais irão ocorrer nos dias 4, 11, 18 e 25 de setembro no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, e serão compostas por 4 fases, cada qual com a apresentação de 3 candidatos, totalizando os 12 candidatos semifinalistas.
Assim como nas Eliminatórias, os candidatos semifinalistas irão concorrer entre si, não havendo, portanto nenhum candidato vencedor por noite. Os candidatos finalistas serão informados no dia seguinte à última fase das semifinais.
Para a semifinal, Ana faz questão de apresentar canções de compositores paranaenses como "Luzes", de Paulo Leminski, e "Valsa para Helena Kolody", de Gerson Bientinez em parceria com Etel Frota. Ela também cantará o samba de Chico Buarque "Com Açúcar com Afeto" e as canções de Djavan "Romance" e "Capim", em um medley. Ana disputará as semifinais acompanhada dos músicos Fábio Cardoso (piano), Fábio Hess (violão de 7 cordas), Nego Léo (baixo) e Márcio Rosa (percussão e bateria).
O Prêmio Visa abriu também votação pela Internet para eleição do melhor cantor de acordo com o voto popular. Para realizar a votação é necessário entrar no site www.premiovisa.com.br no link voto digital e preencher um pequeno cadastro.
Carreira
O início da carreira de Ana Cascardo foi na década de 80. Dos 11 aos 19 anos, ela e os irmãos animavam bailes e bares de Itajubá, no sul de Minas Gerais. Em 1985, Ana iniciou os estudos de teoria musical com a pianista Heloisa Feichas. Em 1993, veio morar em Curitiba e continuou a estudar canto. Participou de oficinas com Elza Soares e grandes nomes da música brasileira em várias edições da Oficina de Música de Curitiba. Depois, entrou no grupo vocal Brasileirão, do Conservatório de MPB da Fundação Cultural, onde começou a dar aulas há cinco anos.
Em 1995, Ana ficou em primeiro lugar no Festival de Intérpretes do Sesc da Esquina. Em 98 e 99, consecutivamente, foi indicada como melhor cantora. Em 2000, ganhou o prêmio de melhor intérprete no Festival Estação da Canção. Ela já participou de diversos CDs de compositores e intérpretes paranaenses e tem seu trabalho solo pronto para ser editado.
O Prêmio Visa de Música Brasileira foi criado em 1998 e, atualmente, é um dos eventos mais importantes da música brasileira no País. Seu principal objetivo é revelar talentos e proporcionar novas perspectivas aos artistas amadores ou profissionais que se dedicam a essa arte. Com isso, o prêmio estimula o reconhecimento desses músicos, colaborando para o aprimoramento contínuo da cultura nacional.
Desde sua criação, o Prêmio Visa de Música Brasileira vem ganhando força, credibilidade e o aval de músicos conceituados, jornalistas e críticos musicais de todo o País. As três categorias do evento (instrumental, vocal e composição) contam com um nível elevado de competidores, dificultando a escolha dos jurados. A qualidade pode ser comprovada na lista de vencedores e finalistas das edições anteriores, como Yamandú Costa, Dante Ozzetti, Mônica Salmaso, Célio Barros e André Mehmari, que conquistaram projeção no mercado nacional e internacional após serem lançados no evento.
Todos os participantes do prêmio são avaliados por um júri, presidido há oito anos pelo maestro Nelson Ayres, que conta, ainda, com a participação de membros renomados da atividade musical. Além do julgamento técnico, o público exerce um importante papel, interagindo na escolha do melhor músico ou intérprete de sua preferência por meio do voto popular.