Ana Carolina berra para se declarar bissexual

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Com três discos lançados
Ana carolina ficou famosa.

Ana Carolina precisou de apenas três discos para se tornar uma cantora das multidões, como pode ser constatado no DVD Estampado, um instante que não pára, lançado com tiragem inicial de 60 mil cópias pela BMG. Gravado no Claro Hall, no Rio, em agosto último, teve uma platéia recorde de mais de 9 mil espectadores tão passionais quanto ela. Ana proclama que canta com o corpo inteiro, berra porque precisa do grito para expressar o que sente e recebe de volta da galera a mesma entrega.

"É uma relação muito passional, eu não sei exatamente o que é. Pode ser um espelho, sei lá. Eu canto como se fosse a minha última apresentação, como se não tivesse amanhã. Eu acredito muito naquilo que estou cantando, é tão verdadeiro que as pessoas embarcam" disse a cantora.

– No DVD dá para ver umas mãos…as pessoas interpretam, tem alguma coisa ali da história delas, não tem como não haver uma troca de emoção. Eu tenho muita curiosidade em saber quem são elas. Às vezes recebo pessoas no camarim e sempre pergunto o que elas fazem.

Quando acontece um show, o artista normalmente está no camarim em companhia de músicos e amigos ou recolhido, se preparando, sem saber coisa alguma da chegada do público e de como se comportam os espectadores antes de começar.

– Eu sou muito tranqüila para começar o show, mas quando entrei no meio da galera, o coração veio na boca, foi o momento mais difícil de tudo, fiquei gelada. Quando eu vi como são as pessoas no meu show bateu uma responsabilidade muito grande, vi umas meninas cantando Pra rua me levar já animadas. Não puxei assunto com ninguém, estava muito nervosa e entrei numa de que era show de outra pessoa, que não era eu que ia cantar. Todo músico devia passar por isso. É muito maluco – conta ela. Esta investida dela é um dos extras do DVD.

Um dos maiores buxixos quando o show estreou foi a interpretação de "’Eu gosto é de mulher”, antigo sucesso do Ultraje a Rigor que gerou comentários de que Ana tinha finalmente saído do armário. Ela diz que há algum tempo pensava em cantar a música. "O meu interesse era a descontextualização. É um discurso completamente machista se cantado por um cara, mas cantado por uma mulher vira quase um hino…gay, né? E isso era o que interessava. Eu não sabia o que ia causar nas pessoas, mas eu sabia que estava fazendo aquilo…Bom, esse negócio de sair do armário…assumir…pois é, mas aí é que está: quando a gente vai levar isso para a coisa pessoal, eu gosto de homens e de mulheres no mesmo volume, tanto que eu fiz uma letra depois disso – afirma ela, referindo-se à recente "Homens que dançam tango", que ela diz não ter semelhança com a música de Renato Russo que fala em gostar de meninos e meninas.

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