Alunos do Guaíra disputam prêmio

Os alunos Eduardo Teixeira, 13 anos, e Arthur Julien Louarti Howalski, 12, do Grupo Juvenil da Escola de Dança do Teatro Guaíra, estão entre os 52 inscritos no Prêmio Internacional de Dança Cecília Kerche, que acontecerá de 8 a 15 de outubro na cidade de Osvaldo Cruz, interior de São Paulo. Cada um apresentará oito variações de repertório, solo neoclássico e solo contemporâneo. Os ensaios estão sendo orientados por bailarinos do Balé Teatro Guaíra. Todas as apresentações do prêmio serão solos. O primeiro lugar receberá R$ 1,5 mil, além de um kit com sapatilhas e malhas.

Os dois meninos são apontados como revelação no balé brasileiro e já conquistaram vários prêmios. Arthur Louarti obteve o primeiro lugar em solo masculino na modalidade Balé Clássico de Repertório, com a coreografia “Pas Paysan”, no 20.º Festival de Dança de Joinville (SC), onde participaram dois mil bailarinos do Brasil e da Argentina. Eduardo Teixeira conquistou o terceiro lugar no mesmo festival, com “Variação de Repertório”. Concorrendo com outros dez grupos, os dez alunos do Grupo Juvenil ganharam o primeiro lugar em balé clássico com a coreografia “Piccoli Passi”.

Além da preparação para o prêmio Cecília Kerche, os alunos da escola já estão ensaiando o espetáculo A Bela Adormecida, com coreografia de Patrícia Otto, que será apresentado em novembro, como encerramento das atividades.

Conquistas

Só neste ano, o Grupo Juvenil e o projeto Pré-profissional da Escola de Dança do Teatro Guaíra já somam dezoito prêmios em festivais realizados em Santa Catarina e São Paulo. A coordenadora da escola, Priscila Codagnone Ferreira, destaca que as premiações são resultado do trabalho de todos. “Os alunos estão mais dedicados em melhorar a técnica, o que é um grande incentivo para os professores”, comenta a coordenadora, que é ex-aluna da escola.

As coreografias foram criadas pela professora Cínthia Andrade, que buscou integrar a personalidade de cada um dos bailarinos com o tema proposto. “Procurei destacar a habilidade desses pequenos bailarinos, porque conheço cada movimento e qual expressa melhor a paixão deles pela dança”, explica.

O trabalho para a formação dos bailarinos começa no pré-balé, aos cinco anos, com dança clássica. Aos seis anos, além do clássico, eles começam a improvisar movimentos e coreografias. No curso livre, eles trabalham o clássico, contemporâneo e improvisação. Nos últimos três anos, durante o curso profissionalizante, os alunos aprendem teoria musical, anatomia aplicada à dança, terminologia da dança clássica e interpretação teatral. Os alunos com melhor avaliação passam a integrar o Grupo Juvenil. Para isso, é importante que eles mantenham boas notas no colégio, tempo para ensaio e disponibilidade para viajar.

Escola de dança tem tradição

A Escola de Danças do Teatro Guaíra foi criada em 1956. Hoje tem 250 alunos, entre 5 e 18 anos. Em 46 anos de atividades, a escola formou bailarinos que atualmente estão na Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e Portugal. Participou de festivais no Brasil e Argentina, onde conseguiu 105 prêmios em danças clássica, contemporânea e moderna.

“A escola é referência de qualidade tanto no Brasil quanto em outros países”, diz a coordenadora Priscila Codagnone Ferreira. As inscrições para a Escola de Dança abrem em novembro e a mensalidade custa R$ 40,00. Para alunos com cinco anos de idade e sem experiência em dança, é realizado um teste de aptidão física. Alunos acima de 12 anos passam pelo teste de posicionamento, que avalia o nível técnico de cada um. As aulas acontecem de segunda-feira a sexta-feira, com duração de 1h15. E estão divididas em clássico e improvisação.

Serviço:

A escola funciona na Rua Dario Lopes dos Santos, 1899, Jardim Botânico, em Curitiba. Informações pelo telefone (41) 262-4146.

Planos de estudar no exterior

O ano de 2002 começou bem para Arthur Louarti Kowalski. Com apenas quatro anos de estudo, ele recebeu o prêmio de melhor bailarino do festival de Dança de Ribeirão Preto, em maio, e o primeiro lugar em variação masculina neste mesmo festival. No 20.º Festival de Dança de Joinville, dois meses depois, ele obteve o primeiro lugar.

“Foi uma evolução, porque no ano passado eu fiquei em segundo lugar no Festival de Joinville, numa apresentação de trio”, explica Arthur. Assim como a maioria dos bailarinos, o jovem tem planos de estudar nas grandes escolas européias. “Ainda não decidi para qual quero ir, mas o meu aperfeiçoamento será fora do Brasil, talvez na França, onde nasci.”

Para Eduardo Teixeira, a dança faz parte da sua vida desde que começou a acompanhar sua mãe às apresentações de balé clássico em Roma, cidade onde morou até os nove anos de idade. Ele decidiu dançar e teve todo o apoio da família. Logo após iniciar os estudos naquela cidade, recebeu convites para ingressar no Scala de Milão e no Teatro Ópera de Roma. Mas a mudança para o Brasil o levou para a Escola de Danças do Teatro Guaíra.

Conciliar a dança, que requer no mínimo duas horas de aulas e ensaios por dia, com o colégio não é uma tarefa fácil. “É difícil porque tenho que manter os dois com excelentes notas. A minha participação em festivais está diretamente ligada às minhas notas na escola”, explica Eduardo. Ele obteve o primeiro lugar no 10.º Passo de Arte, em Santos (SP), em julho, e o terceiro lugar no 20.º Festival de Dança de Joinville (SC).

Eduardo pretende concluir o curso da Escola de Dança do Teatro Guaíra e depois entrar para a escola do Balé Kirov, na Rússia. “Quero estar no berço da dança clássica, porque sei onde posso chegar.”

Revelação

Outra revelação da escola é Morgana Cappelari, 12 anos. Junto com Eduardo Teixeira, Morgana conquistou o primeiro lugar de duos com a coreografia “La Gaitée des Etudiants”, no Festival de Dança de Ribeirão Preto. O Grupo Juvenil, que ficou em primeiro lugar como conjunto clássico no 20.º Festival de Joinville, é formado por Eduardo Teixeira, Arthur Louarti, Daniel Camargo, Iris Floriano, Thaís Gimenez, Morgana Cappelari, Lara Cunha, Hadija Nagao, Ana Roberta Teixeira e Nayara Lopes.

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