O maestro Alex Klein é o novo regente-titular da Sinfônica Municipal de São Paulo. O nome dele, confirmado na tarde de sexta pela Secretaria Municipal de Cultura, estava em uma lista tríplice preparada pelos músicos que, em junho, pediram à prefeitura a saída do maestro Rodrigo de Carvalho. Klein fará três concertos ainda este ano com o grupo, mas assume em 2011, quando o Teatro Municipal completará cem anos. Atualmente em reformas, ele será reaberto em abril.
Por e-mail, Klein afirma que a ópera continuará como a atividade principal do teatro, com dez títulos em 2011, mas não quis adiantar detalhes da programação, que será anunciada até o final do ano – em sua página no Facebook, no entanto, ele falou de uma Oitava Sinfonia de Mahler para abrir a temporada. “A chegada de um novo titular sempre traz mudanças. O teatro passa por detalhada reforma. Há também um empenho extraordinário da prefeitura em transformar a região do Municipal em um centro cultural mais abrangente e o teatro em uma fundação, em breve.”
Klein prevê mudanças no esquema de trabalho do teatro, mas é cauteloso. “É difícil precisar exatamente quais as reformas que eu vou priorizar, eu nem tive a oportunidade de sentar com todos os meus colegas líderes de corpos estáveis para ouvir deles suas aspirações para estes corpos. Sou uma pessoa que prefere liderar por consenso, e não por martelo, e não tenho a mínima ambição de impor um regime alternativo onde já existe um sistema estabelecido.”
O maestro garante, porém, que a Sinfônica Municipal irá passar por “grande” reforma. “Mas eu me recuso a fazer audições ou abruptamente eliminar aqueles músicos vistos como sendo menos produtivos. Apesar de ser verdade que pessoas incapazes de manter o nível artístico da orquestra poderão ser excluídas, considero um equívoco zerar as pessoas por baixo, concentrando no que elas não podem fazer. Vamos, sim, valorizar o produto de sua experiência, de décadas de tradição.” Entre as novidades, está um novo regimento para os músicos, com “ênfase no diálogo para resolução de conflitos e a oportunidade de opinar”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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