Aleluia, Gretchen faz 30 anos

São Paulo, (AE) – Sylvio Back já tinha dois longas no currículo (Lance maior e A guerra dos Pelados), quando aquilo que define como ?incoercível necessidade de acerto de contas com minhas origens étnicas? levou-o a realizar Aleluia, Gretchen. O filme é de 1976 – portanto, está completando 30 anos. Embora um tanto subestimado, como seu autor, Aleluia, Gretchen é um dos mais importantes e premiados filmes da história do cinema brasileiro. As três décadas deste clássico não vão ser ignoradas. A Sala Cinemateca, em São Paulo, inicia hoje uma programação especial, com direito a projeções e debate, com o claro objetivo de restituir ao filme o significado que ocupa no cinema do País.

Há 30 anos, quando se lançou ao projeto (ambicioso) de contar 40 anos da história de uma família alemã no Sul do Brasil, Sylvio Back não era o único, no País e no mundo, a se preocupar com a sinistra herança nazista. O cinema italiano, em especial, desenvolveu o que não deixa de ser um ciclo sobre o assunto, iniciado com Os deuses malditos, de Luchino Visconti, ao qual se seguiram O conformista, de Bernardo Bertolucci, e O porteiro da noite, de Liliana Cavani. Havia uma preocupação pelo ressurgimento do nazi-fascismo na Itália e na Alemanha e o próprio Brasil vivia a negra noite da ditadura militar. Neste quadro, era importante discutir a gênese (e a herança) do nacional-socialismo.

Serviço:

Amanhã, 18h, Lance Maior, de Sylvio Back ; 19h55, curtas; 21h15, República Guarani, de Sylvio Back. Quinta-feira, 14h10, A Guerra dos Pelados, de Sérgio Ricci; 17h10, Revolução de 30, de Sylvio Back ; 21h30, Aleluia, Gretchen, de Sylvio Back. Sala Cinemateca. Lgo. Senador Raul Cardoso, 207,São Paulo, SP. Telefone (11) 5084-2177. Grátis. Até 17/12.

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