Albert Hammond Jr. pouco impressiona em Interlagos

Com um line-up pouco atrativo em 2016, quem marca presença na quinta edição brasileira do Lollapalooza não tem muita opção a não ser tentar apreciar ao máximo as atrações menos conhecidas do festival. Albert Hammond Jr., guitarrista dos Strokes, bem que tentou se aproveitar desta tática na tarde deste domingo, 13, no palco Axe. Com riffs genéricos que mais lembravam canções desprezadas por Julian Casablancas e sua trupe, o músico mostrou mais do mesmo. Seu projeto solo não passa de uma extensão genérica dos Strokes.

Albert Hammond Jr. tem três discos na bagagem: Yours To Keep (2006), ¿Cómo Te Llama (2008) e Momentary Masters (2015). As músicas não são ruins, é verdade, mas, se tratando de um projeto paralelo, algo original poderia surtir mais efeito.

Responsável por elaborar grande parte dos riffs dos Strokes, o virtuoso guitarrista tem boa presença de palco. Com uma voz de longo alcance, sente-se à vontade para encarnar o “menino” Casablancas a todo tempo. Torna-se impossível desassociar a imagem do músico de um dos grupos mais bem sucedidos da história recente do rock. “Olá, amigos. Não sei falar nada em português. Apenas algumas palavras. Obrigado”, disse já perto do fim do show.

A apresentação de Albert, entretanto, serve como consolo para os fãs de Strokes, cada vez mais longe de voltarem à ativa. Embora Julian tenha prometido um álbum de inéditas no ano passado, a banda, que surgiu como grande aposta do rock em meados do ano 2000, não dá pistas de que esteja empenhada no projeto. Enquanto isso, Albert segue se divertindo com seu show solo cover de Strokes e de si mesmo.

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