Agent Carter chegou para dizer que o mundo dos heróis de histórias em quadrinhos não precisa ser liderado apenas por marmanjos. A série produzida pela Marvel, exibida pelo canal Sony, às quintas-feiras, às 22h30, traz como protagonista Peggy Carter (Hayley Atwell), que ajudou na transformação de Steven Rogers em Capitão América (vivido por Chris Evans) no primeiro filme do personagem, O Primeiro Vingador (2011), dirigido por Joe Johnston.

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Como se sabe, o Capitão América foi congelado e veio parar no presente, enquanto Carter continua lá na década de 1940 e precisa enfrentar diversos inimigos – alguns deles, dentro do próprio escritório da Reserva Científica Estratégica, no qual a bela agente é considerada uma secretária de luxo pelo chefe Roger Dooley (Shea Whigham, de Boardwalk Empire) e colegas como Jack Thompson (Chad Michael Murray). “Sempre dizemos que o seu superpoder é que ela é subestimada, e ela usa isso contra as pessoas”, disse a roteirista Michele Fazekas, num evento para a imprensa em Pasadena, na Califórnia.

Entre suas armas, está a utilização sem culpa da sensualidade. No piloto, por exemplo, ela colocou peruca loira e vestido dourado decotado para conquistar um empresário e roubar uma das perigosas armas desviadas do laboratório de Howard Stark (Dominic Cooper). O pai de Tony Stark (interpretado por Robert Downey Jr. nos filmes da Marvel), acusado de querer ganhar dinheiro com os artefatos, recrutou sua velha conhecida para ajudá-lo a limpar seu nome. “A sensualidade não é algo que ela deseja adotar permanentemente, mas a usa para conseguir algumas coisas”, afirmou Hayley Atwell. “Ela não nega sua sensualidade ou sua feminilidade, é um aspecto de suas muitas qualidades que utiliza em seu trabalho.” Seus modelos são as atrizes da época, como Bette Davis e Katharine Hepburn. “Eram muito modernas, inteligentes, calorosas”, afirmou a atriz.

Claro que, quando necessário, Peggy Carter é capaz de chutar o traseiro de todo o mundo, “sem suar ou manchar o batom”, como disse Fazekas. A própria Hayley Atwell faz boa parte das cenas de luta e ação – no segundo episódio, acontece uma em cima de um caminhão. E fica evidente que Peggy Carter não fica nada a dever a seus similares masculinos. “Esse era um dos atrativos da personagem”, contou a atriz inglesa. “Deu para ter um aperitivo do que ela podia fazer no primeiro Capitão América, mas aqui foi uma grande oportunidade para desenvolvê-la do ponto de vista físico e emocional. As cenas de ação me lembraram muito uma dança coreografada.”

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Em se tratando de Marvel, não pode também faltar um certo humor. Em Agent Carter, ele aparece principalmente na interação entre Peggy e o mordomo Jarvis (James D’Arcy), escalado por Howard Stark para ajudar a moça. “Usei meu mordomo como inspiração”, brincou D’Arcy. “Na verdade, os roteiros são ótimos. Todos os escritores são americanos, mas é a melhor escrita britânica de época que encontrei na minha carreira.”

Agent Carter, elogiada pela crítica, é a segunda série live action da Marvel a chegar à TV, depois de Agents of S.H.I.E.L.D., que começou como um estouro de audiência, enfrentou problemas com os fãs e se encontrou mais recentemente, mesmo sem números estrondosos. Agent Carter estreou nos EUA com 6,9 milhões de espectadores – Agents of S.H.I.E.L.D. tem feito algo como 5,3 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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