“Uma das maiores bandas de rock do planeta”, segundo o apresentador de TV norte-americano Eddie Trunk sustentou na abertura, o Aerosmith entrou com atraso no palco do Monsters of Rock, às 23h12, que terminou ontem, 20, em São Paulo. O grupo chegou com grandiloquência, guarda-roupas da Era de Aquarius e avassaladora potência sonora com Back in the Saddle e Love in an Elevator.
Antes de tocar, o grupo fez graça em uma entrevista exibida no telão pelo festival, o vocalista Steven Tyler zombando do sapato azul do baterista Joey Kramer (já Brad Whitford foi o único a lembrar a primeira vez que a banda tocou no País, em 1994, “com Robert Plant”, segundo contou – foi na antiga edição do Hollywood Rock).
“Oi, São Paulo!”, disse Tyler. A banda renovou sua mística mostrando formidável controle de cena, solos precisos (e sem exageros) e a voz inigualável de Tyler soando fresca e nem um pouco cansada.
O teclado sulista em Oh Yeah e a vibração cadenciada do superhit Pink coloriram mais o show, cujo cuidado técnico é impecável. Sem deslizes. O Aerosmith também sabe utilizar a própria lenda em cena, com vídeos mostrando caricaturas de seus integrantes, explosões na tela e a excelência de Joe Perry na exploração do legado da música americana, começando pelo rhythm-n’-blues e passando pelo heavy metal.
Durante o show do Aerosmith, a plateia já não era tão grande quanto duas horas antes, muita gente já tinha debandado, cansada por causa da segunda-feira – embora o horário de verão permitisse uma reserva de energia extra.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.