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Aberto ao novo, Tiradentes chega à maioridade

Foi com outros nomes que a cidade nasceu e cresceu – Arraial Velho de Santo Antônio, Vila de São José do Rio das Mortes e cidade de São José del-Rei. Com a proclamação da República, virou Tiradentes – para celebrar o herói republicano que combatera o regime monárquico. Nesta sexta, 19, Tiradentes inaugura a 21ª edição de sua mostra de cinema. A comemoração será especial, pois o que se festeja não é só a maioridade da mostra, mas os 300 anos da fundação da cidade.

E como já é tradição, à Mostra de Tiradentes não cabe apenas inaugurar o calendário audiovisual brasileiro do ano. Ela também abriga a Mostra Aurora, principal vitrine do cinema autoral e independente no País. Da sua seleção costumam sair filmes que vão para os maiores festivais do mundo. Passam antes nessa cidade de 300 anos que tem um olhar acolhedor para o novo e também abriga eventos de gastronomia, de jazz, etc.

Para abrir a Mostra de 2018, a Universo Produções – que também realiza, ao longo do ano, o Festival de Ouro Preto e a Mostra CineBH – organizou um programa especial, que inclui homenagem ao ator Babu Santana e a exibição de seu novo filme, Café com Canela, de Glenda Nicácio e Ary Rosa.

Babu iniciou-se nas Gerais com Uma Onda no Ar, de Helvécio Ratton. Foi um genial Tim Maia no filme de Mauro Lima. Faz agora um gay em Café com Canela, que ganhou vários prêmios em Brasília, no ano passado. A homenagem e o filme serão precedidos pela performance Chamada Realista, de Chico de Paula e Grazi Medrado, que vão usar elementos do noticiário e das controvérsias públicas recentes.

Até dia 27, Tiradentes anuncia 102 filmes e 34 debates. E, da segunda, 22, até sexta, 26, menina dos olhos do evento – a Aurora, com sete títulos (e curadoria de Cléber Eduardo e Lila Foster). Madrigal para Um Poeta Vivo, de Adriana Barbosa e Bruno Mello Castanho; Imo, de Bruna Schleb Correa; Ara Pyau – A Primavera Guarani, de Carlos Eduardo Magalhães; Dias Vazios, de Robney Bruno Almeida; Baixo Centro, de Ewerton Belico e Samuel Marotta; e Lembro Mais dos Corvos, de Gustavo Vinagre; e Rebento, de André Morais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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