Em parceria com a Academia Brasileira de Letras, a Editora José Olympio relança A Vida de Lima Barreto, que deu o Prêmio Prado ao seu autor, o jornalista Francisco de Assis Barbosa, em 1952. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, o livro “reúne as virtudes de uma genuína biografia literária às de uma reportagem perfeita e em grande estilo”. Rachel de Queiroz comentou que “o livro representa o meu ideal em matéria de biografia”.
Romancista, contista e cronista, o autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma soube, como poucos, retratar de forma arguta não só a paisagem, mas também toda a gente humilde que povoava os arrabaldes da cidade do Rio de Janeiro. E Francisco de Assis Barbosa nos faz compreender quão importante foi a presença de Lima Barreto na literatura brasileira, mostrando-nos a importância do despojamento de sua linguagem (contra o preciosismo de alguns de seus contemporâneos) e o caráter eminentemente social de sua obra, que apresenta um Brasil com todas as suas mazelas.