Para criar Genet: O Poeta Ladrão, o dramaturgo Zen Salles e o diretor Sérgio Ferrara não edulcoraram a história do controverso escritor francês. Ao lado dos lampejos de genialidade de Jean Genet, o espetáculo também convoca todo o submundo que o rodeava.

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Em cartaz no Sesc Consolação, a montagem encara Genet como um mistério a ser desvendado. “É um universo impactante e que não permite perfumaria. É preciso mergulhar sem pudor para entendê-lo. Genet habitava as sombras”, comenta Ferrara, reconhecido por obras como Pobre Super-Homem, que recebeu o prêmio de melhor direção em 2000, pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte.

Nesse mergulho, o encenador retoma a trajetória do artista “maldito” em um ambiente que mescla delírio e memória. A cena inicial da peça se dá em 1969, momento em que o francês realmente esteve no Brasil para acompanhar a estreia de seu texto teatral O Balcão. Ousada, a montagem de Victor García impactou Genet, que chegou a considerá-la a melhor versão desse seu título. Mas a dramaturgia de Zen Salles recorre ao episódio histórico apenas como pretexto para o percurso em direção ao passado do autor de O Diário de um Ladrão.

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GENET: O POETA LADRÃO – Sesc Consolação. Espaço Beta. Rua Dr. Vila Nova, 245, 3234-3000. 5ª e 6ª, 20 h. R$ 2/R$ 10. Até 6/12.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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