Quem hoje vê televisão com sinal digital, através até de aparelhos celulares, nem imagina o desafio que foi instalar a primeira emissora. Para mostrar esse marco histórico na vida do brasileiro e contar um pouco dos 50 anos da televisão no Paraná, a Secretaria de Estado da Cultura e o Museu da Imagem e do Som abrem nesta semana a exposição 50 anos no ar: a trajetória da TV no Paraná.

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A abertura será amanhã, às 18h30, no átrio da Secretaria, já que o museu está fechado para reforma. Fotografias, revistas, imagens raras e equipamentos antigos ficarão expostos até 15 de outubro, divididos por tópicos. O maior painel é sobre o início da TV, mas também estão disponíveis painéis sobre jornalismo, programas de auditório, novelas e propagandas. Dois televisores transmitirão ininterruptamente comerciais e o acervo de telejornalismo do Canal 4.

Revistas da época também serão expostas. “O material mais engraçado é um manual de boas maneiras do “televizinho’, feito por uma revista para explicar ao leitor o que não deve ser feito na casa do dono da televisão”, conta Stefanie Freiberger, diretora do Museu da Imagem e do Som.
De acordo com ela, assistir televisão era um encontro coletivo, já que nem todos tinham condições financeiras de adquirir o aparelho.

A primeira emissora de TV paranaense foi o canal 12, inaugurado em 1960. Contudo, encontrar material dessa época é muito difícil, já que as fitas eram sempre reutilizadas. “Do Mário Vendramel, considerado o Chacrinha do Paraná, não conseguimos encontrar praticamente nenhuma gravação”, lamenta Stefanie.

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Ela lembra que os programas de auditório, comuns nas rádios, foram levados até a televisão e fizeram muito sucesso. “Nhô Belarmino e Nhá Gabriela saíram do rádio para a TV. Ainda tinha o Cirquinho, programa infantil comandado pelos Irmãos Queirolo, que também fez muito sucesso. O público também acompanhava bastante programas com sorteio de prêmios”, ressalta.

A narrativa em televisão, nos primeiros momentos, era idêntica ao do rádio. Nos telejornais, os apresentadores liam as notícias em frente às câmeras. A televisão ganhou características próprias pouco tempo depois, com a chegada do videotape. “Não podemos deixar de destacar o jornalismo, que sempre teve produção local forte como no Show de notícias, apresentado por Jamur Júnior. Contamos ainda com a produção de Ary Fontoura na produção e a atuação de Lala Schneider em programas de humor”, lembra a diretora.

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Através do apoio da Galeria Zilda Salete, cinco fotógrafos produziram imagens que retratam cada época dos 50 anos da trajetória da TV no Paraná: Orlando Azevedo, Vilma Slomp, Nego Miranda, Marcelo Dallegrave e Pedro Nossol. Também serão expostas fotografias do acervo de Renato Mazânek.

Em 18 de setembro, quando comemora-se o Dia Nacional da TV, será lançada uma série com depoimentos dos pioneiros da televisão no Estado.

Serviço

50 anos no ar: a trajetória da TV no Paraná. Abertura amanhã, às 18h30, na Secretaria de Estado da Cultura (Rua Ébano Pereira, 240). A exposição ficará aberta até 15 de outubro. A entrada é gratuita.