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‘A sensibilidade não está ligada a uma questão de gênero’

Se a Mostra sempre celebrou mulheres, então é perfeito que traga o novo filme de Naomi Kawase. Esplendor ganhou em Cannes o prêmio Humanidade, do Ocic.

Por que um filme sobre audiodescrição?

Há uns anos, estava vindo para Cannes com um filme e me impressionou o trabalho feito com esse recurso para o público que não pode ver.

O que o cinema tem de atraente para quem não vê?

Sou uma cineasta, trabalho muito com a intuição, mas creio que seria reducionismo olhar o cinema só como imagens em movimento. Ele também tem música, palavras. Atinge o sentimento. É o que ocorre com a audiodescrição. Descobri um novo público.

E se eu lhe disser que só uma mulher faria esse filme?

Nós, mulheres, podemos ser mais confessionais, mas sensibilidade não é uma questão de gênero. Existem mulheres duras e homens sensíveis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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