Sua filmografia, como diretor de fotografia, não é só extensa, como brilhante. Bruno Nuytten captou as imagens de filmes cultuados como Les Valseuses, de Bertrand Blier; Barocco, de André Téchiné; As Irmãs Brontë, de Téchiné, de novo; Brubaker, de Stuart Rosenberg; Possessão, de Andrzej Zulawski; Fort Saganne, de Alain Corneau; Jean de Florette e A Vingança de Manon, de Claude Berri. Venceu o César da categoria duas vezes e concorreu outras quatro. Em 1989, venceu o Oscar francês de melhor filme – por Camille Claudel, mas não levou o César de direção.

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Camille Claudel foi produzido e realizado por Nuytten como celebração para a arte de sua ex-mulher, a atriz Isabelle Adjani, com quem tem o filho Barnabé Said-Nuytten. Isabelle foi indicada para o Oscar e venceu o César e o Urso de Prata de melhor atriz em Berlim. O filme ganhou mais cinco prêmios da Academia Francesa – no total foram sete César.

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Na época, a crítica dividiu-se. Nuytten e Isabelle criaram uma Camille Claudel protofeminista, uma artista maior que Auguste Rodin e uma mulher massacrada pelo machismo dele (e de seu tempo). Houve controvérsia quanto ao foco, mas não quanto à interpretação. Gérard Depardieu colou tanto ao papel que ficou igualzinho à imagem conhecida do escultor. E Isabelle – bela e intensa, ela teve aqui um papel consagrador, dos maiores de sua carreira contemplada com cinco César e mais o Davi di Donatello, o prêmio da crítica de Nova York e o National Board of Reviews Award. Tão boa quanto, melhor é impossível, só em Verão Assassino e A Rainha Margot.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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