?A Paixão de Cristo? renderá US$ 700 milhões

O ator, diretor e produtor australiano Mel Gibson irá faturar cerca de US$ 700 milhões com seu filme “A Paixão de Cristo”, segundo cálculos da imprensa especializada americana.

Enquanto o filme continua batendo recordes de bilheteria (já arrecadou mais de US$ 300 milhões), uma pesquisa publicada há alguns dias demonstra que as acusações de que “A Paixão de Cristo” fomentaria o anti-semitismo não contam com o aval da maioria dos espectadores.

A pesquisa, feita pelo Institute fo Jewish and Community Research, demonstra que 83% dos americanos que viram o filme ou que o conhecem não mudaram de opinião sobre os judeus ou sobre o tema de sua responsabilidade pela morte de Jesus. Os que disseram considerar os judeus menos responsáveis, depois do filme, são 9%. Apenas 2% afirmaram que “A Paixão de Cristo” fez piorar sua visão em relação aos judeus.

Segundo o presidente do instituto, Gary Tobin, o debate promovido pelo filme foi provavelmente positivo para as relações entre os cristãos e os judeus.

Diante do enorme sucesso alcançado pelo filme, Gibson irá certamente ocupar uma posição relevante nas futuras classificações dos astros do espetáculo que ganharam mais dinheiro (no ano passado ele havia sido excluído do “top 100” da lista anual da revista “Forbes”).

Agora os especialistas prevêem uma arrecadação de US$ 400 milhões de “A Paixão de Cristo” somente no mercado americano. Enquanto a metade desse total irá para os proprietários dos cinemas, a outra parte terminará nos cofres de Gibson.

“Os ganhos de ?A Paixão de Cristo? são inacreditáveis para um filme com legendas, sem atores campeões de bilheteria e proibido para menores de idade”, observou Gitesh Pandya, diretor do site Boxofficeguru.com.

 

 

Esses dados começam a ser estudados com respeito, admiração e inveja pelas empresas cinematográficas de Hollywood e pela televisão americana. “São cifras que não podem ser ignoradas. Ninguém pode falar de fatores casuais. Existe um mercado que havia sido até agora ignorado”, afirmou o produtor Mark Johnson.

Trilha sonora também faz sucesso nos Estados Unidos

O acordo do ator e diretor com a companhia distribuidora Newmarket Films prevê apenas 12,5% para o grupo, enquanto grande parte do dinheiro ficará com o australiano.

No que se refere à bilheteria no mercado internacional, “A Paixão de Cristo” pode alcançar (graças também ao grande interesse nos países com população cristã) a soma de US$ 600 milhões. Nesse caso, Gibson irá faturar cerca de US$ 280 milhões.

Calculando uma arrecadação de pelo menos US$ 400 milhões com a venda dos DVDs e de fitas de vídeo (com a metade do total sendo destinada a Gibson) e outros US$ 50 milhões pelos produtos patrocinados pela companhia criada pelo australiano, o total superará US$ 700 milhões para o ator e diretor.

Entre os produtos vinculados ao filme que mostraram um sucesso surpreendente está também a trilha sonora, composta por John Debney, que já entrou para o “top 20” do ranking americano, apesar da falta de canções “de apelo comercial”.

Em 6 de abril sairá nos Estados Unidos um segundo álbum de “Canções inspiradas pela Paixão”, com uma ampla gama de temas musicais que vão da “Ave Maria” de Schubert a canções de Leonard Cohen (“By the rivers dark”) e Bob Dylan (“Not dark yet”).

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