A opinião dos críticos sobre o ‘Fringe’

Esta nona edição do "Fringe" expõe o esgotamento da mostra paralela do "Festival de Teatro de Curitiba". Os cerca de 200 espetáculos evidenciam, ainda mais, a deflação da qualidade. Neste ano, não se identifica um trabalho que surpreenda pela criatividade de texto, encenação, interpretação e demais elementos de cena. Ao contrário, predomina a banalização do fazer teatral, o gosto pelo duvidoso, o risco calculado pelo mediano.

A experiência das últimas edições indica que mais é menos. É necessário estabelecer um mecanismo de seleção, de curadoria para o "Fringe". Diante da demanda de projetos, que se estabeleça um norte artístico e não meramente quantitativo. Não adianta mirar fixamente o modelo de Edimburgo se o contexto de nossa produção é outro.

Um festival que se pretende nacional precisa dialogar com todo o território, e não somente com o Sul e o Sudeste. O mapeamento junto aos Estados é imprescindível.

O aprimoramento da estrutura do "Fringe" e a conseqüente opção pela qualidade freariam a diluição da platéia e a saturação da logística do festival (queixas quanto a espaços inadequados, tempo curto para montagem, imperativo do improviso etc). Todos saem ganhando: público, artistas, organização. Do jeito que está, reduzida à extenuante "olimpíada pela visibilidade", a mostra paralela continuará crescendo e desaparecendo.

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