Star Trek foi, sem dúvidas, uma das franquias mais rentáveis e mais celebradas pelos fãs. Porém, toda a aura e mística em torno da série e dos longas, que tem mais de 40 anos de existência, foi se esvaindo com o passar do tempo, tudo culpa de erros de estratégia e roteiros ruins que desperdiçavam o bom nome de Star Trek.

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O resultado disso fez com que esse produto fosse relegado ao ostracismo, para tristeza de gerações de “trekkers”, que não viam mais esperanças em acompanhar as aventuras do U.S.S. Enterprise.

Mas parece que alguém lá em cima gosta desse pessoal. Graças ao diretor e produtor J.J. Abrams (Missão Impossível: 3, Cloverfield e o seriado Lost), uma das mentes mais criativas no momento, Star Trek retorna para as telonas em grande estilo. E que estilo! Abrams deu um belo “reboot” na franquia e fez o que ainda ninguém tinha feito.

Contar as origens do futuro capitão da Enterprise, James Kirk (Chris Pine, de A última cartada e Diário da princesa 2) e de seu eterno braço direito, o meio terráqueo, meio vulcaniano Spock (Zachary Quinto, conhecido como o vilão Sylar, do seriado Heroes).

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Para efeitos de comparação, o Star Trek de Abrams tem o mesmo efeito do Batman Begins de Christopher Nolan: esquecer os erros do passado e seguir em frente com novas e boas histórias.

O interessante é que Abrams criou um novo produto que não vai satisfazer apenas os trekkers. Leigos no universo de Star Trek certamente não se sentirão em um bombardeio de personagens e mitologias da série e, ao longo dos seus 126 minutos, vão sair do cinema entendendo perfeitamente o que se passou na tela. Melhor ainda, muitos dos “não iniciados” em Star Trek fatalmente vão se tornar trekkers a partir desse filme.

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Se Abrams obteve êxito com a direção e produção de Star Trek foi porque o trabalho dos roteiristas Roberto Orci e Alex Kurtzman, dois fãs de carterinha de Star Trek, foi irrepreensível.

Eles assumiram o compromisso de dar sequência ao trabalho de Gene Roddenberry, criador da série, e fizeram uma história que tanto os fãs quanto os leigos pudessem se satisfazer.

O elenco também facilitou para que o novo Star Trek alcance o sucesso. Com exceção de Eric Bana (Hulk e Munique), no papel do vilão Nero, Winona Ryder (Edward mãos de tesoura, Drácula de Bram Stocker), como Amanda Grayson, mãe de Spock, Bruce Greenwood (Capote, Resgate abaixo de zero), atuando como o capitão Pike e Leonard Nimoy, o Spock original e que reprisa o personagem, os outros atores ainda não foram lançados ao estrelato pleno.

Todos eles entenderam a responsabilidade do papel e honraram os seus antecessores, em especial os protagonistas. Com esse novo recomeço da franquia, Star Trek deve ter uma “vida longa e próspera”, como diria Spock. E que não se duvide disso.