‘A Lei e o Crime’ custa à Record R$ 500 mil por capítulo

A Record apresentou à imprensa, na terça-feira, em Vargem Grande (RJ), as primeiras cenas de A Lei e o Crime, seriado de Marcílio Moraes. Segundo Hiran Silveira, diretor-geral do núcleo de teledramaturgia, a produção em 16 episódios – que estréia em 5 de janeiro sob a direção de Alexandre Avancini – é um antigo sonho da emissora. “Agora que nos consolidamos, investiremos em novos formatos. Esse produto faltava no mercado e nos custará R$ 500 mil por capítulo, cerca de 40% a mais que um folhetim”, diz Silveira.

Quando as luzes se apagaram, um clipe realizado em High Definiton (HDTV) empolgou o elenco. As imagens captadas por uma única câmera de cinema foram narradas por Francisca Queiroz, que interpreta a delegada Catarina Laclos, mostrando seu objetivo de prender Nando (Ângelo Paes Leme) o chefe do tráfico e assassino de seu pai. Mas, para não falhar, ela precisa descobrir quem está do lado da lei e do crime. “Vamos mostrar essa linha tênue que existe na realidade brasileira, onde traficantes ditam suas leis e alguns policiais ficam do lado do crime. O autor quer fazer o público refletir sobre as ações cometidas pelos dois lados”, lembrou a atriz.

Empolgado com o projeto, Ângelo Paes Leme diz que defenderá o ponto de vista de seu personagem, um pára-quedista desempregado que não suporta ser humilhado pelo sogro e o mata. “A partir desse crime, Nando decide ser dono de seu destino. Ele não escolheu ser traficante, mas sabe que, por ser pobre, não terá chances de se defender “, comenta o protagonista, lembrando: “No Brasil, a Justiça é falha. Bancar um bom advogado pode resolver qualquer situação.”

Além da polícia, Nando fica na mira de seu cunhado Romero (Caio Junqueira), um inspetor que quer fazer justiça. “Meu personagem é um PM corrupto, inescrupuloso e vai vigiar a própria irmã para descobrir o paradeiro de Nando e vingar a morte do pai.” Mas, para defender o chefão do crime organizado, estão diversos traficantes, como Tião Meleca (André Ramiro), um de seus homens de confiança.

“Como diz a Fernanda Abreu, o Rio de Janeiro é hoje a ‘Cidade maravilha da beleza e do caos’. O seriado é o reflexo dessa realidade. Tenho certeza de que todos vão refletir sobre de que lado querem ficar”, fala Ramiro, que festeja a oportunidade de se afastar da imagem de Matias, o personagem de Tropa de Elite que o popularizou. Entre tantas figuras, porém, a mais misteriosa é Leandro, vivida por Heitor Martinez, um inspetor acusado de vários crimes mas que jura inocência. “Não quis fazer o protagonista para manter distância do Jackson (de Vidas Opostas). Ele já me assombrou demais. Gostei do Leandro por ele ser ambíguo e me oferecer novas possibilidades”, diz Heitor. As informações são do Jornal da Tarde.

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