À janela musical de Minas

Lô Borges está em Curitiba com o show Paisagem na Janela. O músico mineiro está comemorando seus 30 anos de carreira, apresentando-se em show solo, relembrando antigas canções, mas promete também algumas canções inéditas.

Dono de uma trajetória um tanto quanto incomum na MPB, Lô é um dos grandes ícones do chamado Clube da Esquina, que revelou nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini e os alçou ao primeiro time da MPB. Movimento este que, ao completar 30 anos, é revisitado e elevado à categoria de genial, sendo humildemente e mineiramente comparado à bossa nova, à tropicália e ao jazz.

Em 1972, nasceu o disco Clube da Esquina, quando Lô tinha 18 anos e a responsabilidade de dividir um disco com Milton. E ali estão Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, cantando ao piano, com uma orquestra regida por Eumir Deodato em apenas dois canais, O Trem Azul, Saídas e Bandeiras, Cais, Paisagem da Janela, Nada Será como antes e Clube da Esquina n.º 2.

Em 1987, Lô faz seu primeiro e, até agora, único registro ao vivo de sua carreira. Foi gravado no Rio de Janeiro em uma proposta “violão-piano-voz”, acompanhado apenas por seu irmão Marilton. Mas é Meu Filme, que Lô considera como o mais emblemático de sua carreira.

Seu trabalho mais recente é o disco Feira Moderna, em que iniciava a festa dos 30 anos. Lançado no ano passado, o CD tem regravações de alguns de seus maiores sucessos, além da até então inédita faixa-título, uma parceria sua com Beto Guedes e Fernando Brant. As participações especiais deste disco vão de Edgard Scandurra – um velho fã da música de Lô – a Samuel Rosa.

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Hoje, às 21h, no Teatro Sesc da Esquina (Visconde do Rio Branco, 969). Ingressos de 10, 12 e 15 reais.

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