A festa do Mundaréu

Mundaru.jpgO grupo Mundaréu aproveita o clima teatral que envolve a cidade e apresenta, nesta sexta-feira, dia 24 de março, às 23 horas, no Espaço Calamengau (R. Roberto Barroso, 1190 – Mecês) o espetáculo Forféu do Mundaréu. O quinteto paranaense, formado por músicos de vários cantos do Brasil, promove para o público uma festa que, de certa forma, resume todos os trabalhos anteriores do grupo e acrescenta algo mais. ?Faremos um baile com o que não toca no rádio, não aparece na televisão. Uma grande festa com elementos das artes do Brasil que a mídia pouco veicula?, comenta o músico Itaércio Rocha que garante uma celebração de vozes, ritmos e movimento.

A rabequeira e cantora Daniella Gramani, também fundadora do grupo, adianta que neste espetáculo do Mundaréu tem um pouco de tudo. ?O público vai encontrar ciranda e maracatu de Pernambuco, o coco de várias regiões do Nordeste, cacuriá e toada de boi do Maranhão, fandango paranaense e também sambas e marchinhas de carnaval?. Além disso, o grupo vai se apresentar com bonecos e perna de pau.

Assim como nos trabalhos anteriores, a festa do Mundaréu imprime uma dinâmica a partir da percussão ? são mais de 40 instrumentos de várias regiões diferentes. Os integrantes do grupo acreditam que as canções que o Mundaréu apresenta no Forféu estão muito distantes da música folclórica na sua concepção mais acadêmica – que liga a idéia de tradição ao sentido de velho e arcaico.

?Ora, se essa tradição está em pleno movimento e consegue dialogar com o que acontece agora, é porque os autores continuam deliciando e provocando músicos com cabeças novas. Se o Mundaréu canta os autores populares é porque eles estão vivos e produzem uma arte em movimento que dialogam com o novo, falando de uma realidade e de coisas que a gente quer falar?, comenta a integrante Melina Mulazani.

HistóricoO Mundaréu nasceu em 1997, quando gravou uma faixa no CD 3º Festival da Canção da UFPR e participou da Mostra de Música da FAP. O grupo é formado por músicos, atores, dançarinos, bonequeiros, pesquisadores e arte educadores, que juntos lançam mão da cultura popular brasileira, e em viagem pelo Brasil se descobrem divulgadores da beleza da arte popular brasileira, seus cantos, suas plasticidades, suas danças, teatralidades e contos.

O primeiro trabalho autoral do grupo, em 98, foi chamado Cutuca rapaziada e já se desenhava o interesse para as raízes rurais do Brasil. O segundo, Guarnicê, uma singela opereta popular, criado em 99, trabalhava com as diversas representações do Bumba Meu Boi. Esse espetáculo foi registrado no primeiro CD do Mundaréu, lançado no ano 2000. Depois o grupo divulgou o mamulengo pernambucano, montando As aventuras de uma viúva alucinada. Em seu quarto trabalho, os músicos realizaram um estudo das festas populares, que se transformou no espetáculo-festa Cacuriá do Tatá.

O grupo gravou três CDs com apoio da Lei de Incentivo à Cultura de Curitiba, ?Guarnicê, uma singela opereta popular? (2000), ?Embala eu? (2004) e ?Cortejo Natalino? (2005). Do CD ?Guarnicê? foram selecionadas duas faixas pelo projeto Novos Rumos e Vertentes e Tendência da música brasileira do Instituto Itaú Cultural para representar o Paraná em um CD, junto com outros grupos de sua região. O Mundaréu ministra, desde 2001, oficinas permanentes sobre cultura popular.

O grupo Mundaréu é formado pelos músicos e cantores Itaércio Rocha (voz e percussão), Daniella Gramani (voz, percussão e rabeca), Melina Mulazani (voz e percussão), Dayse Santiago (voz e percussão) e Thayana Barbosa (voz e percussão). O espetáculo tem produção executiva de Bina Zanette.

Serviço
Forféu do Mundaréu, espetáculo musical do grupo  Mundaréu.
Nesta sexta-feira, dia 24, a partir das 23 horas, no Espaço Calamengau
(R. Roberto Barroso, 1190 – Mercês).
Telefone (41) 3338-7766.
Ingressos R$5 e R$4 (Participantes do FTC).

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