A exposição Museu Bispo do Rosário + 3, apresentando obras de Arthur Bispo do Rosário, Raimundo Camilo e José Rufino, convida o público a entrar em um labirinto. Lúdico, o labirinto é tomado por obras construídas com quilômetros de fios, quilos de tecido e papelão, dezenas de retratos, de lápis de cor e de notas de um dinheiro que passou pela transformação da arte. Esse é o cenário da nova exposição que será aberta no Museu Oscar Niemeyer (MON), amanhã, às 11h. Durante o período de abertura da mostra, das 11h às 13h, a entrada no museu estará franqueada ao público.

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?Essa mostra está em sintonia com o programa que o MON vem apresentando, que é uma linha mais de vanguarda, com exposições de impacto, contemporâneas?, afirmou o curador Ricardo Aquino durante coletiva à imprensa, realizada ontem (10). Procedente do Museu Bispo do Rosário (RJ), a exposição é composta por 270 obras do artista Bispo do Rosário-já falecido -, 60 obras de Raimundo Camilo e 43 obras de José Rufino. As obras de Camilo e Rufino serão apresentadas pela primeira vez ao público. O artista José Rufino faleceu no último sábado (5).

O cenário projetado pelo curador pretende reproduzir a idéia de organização que o próprio Bispo do Rosário gostava de utilizar em seu ?ateliê?, um quarto da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio. Os responsáveis pelo Museu Bispo do Rosário não concordam com a idéia de utilizar conceitos específicos para classificar a arte feita por pacientes psiquiátricos. ?Nossa luta é a afirmação dessa produção como arte.? Ele considera as classificações -virgem, bruta, outside, folkart, etc- uma forma de colocar essas produções como uma ?arte menor.?

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