Em (IV), A elaboração da política, transcrevemos: ?Em definitivo, só a definição ampla da ciência política pode ser aceita. É a ciência do poder sob todas as suas formas.? Foi a conclusão do mestre e politicólogo francês Maurice Duverger, feita depois de amplas e profundas pesquisas e análises do campo de interesse desta ciência, cujos fundamentos se plantaram na polis: O que é de muitos.
Notemos, nesta oportunidade, que o poder político se compreende num destaque do poder institucionalizado, e, que, localizado no Estado, aí se exerce.
O poder político se constitui na confluência de todas as demais formas de poder; o próprio poder difuso, em certas situações, se põe sob sua direção. Quanto ao poder individualizado, então, se torna no seu ninho! Aí se concentra e se expande.
Disposto e inerente às pessoas, aos cidadãos, o poder, na sua forma individualizada, chega ao Estado, e nele se aquece, através de delegação, no caso, a eleição; que acontece, mesmo, em democracias nominais, que carecem de consciência, de voto do cidadão, ou seja, de quem já sabe morar e viver na cidade (embora, em constante mudança, expressando-se, sempre, com mais altivez), no Estado, no de muitos.
Faz-se necessário, neste momento, frisar que na relação voto consciente-poder político, se contêm mensagens de significação impoluta, de valor capital; o poder político formaliza no Estado o conteúdo do voto. No seu exercício funcional o Estado, lastreado pelo poder político delegado, se cumpre, enquanto a cidadania se efetiva ontologicamente.
Por este raciocínio, estudantes e egressos universitários se punham no exercício pleno da praticidade científica; no esclarecimento dos espíritos e no desenvolvimento das consciências, conduziriam a universidade ao topo de sua realização.
Pedro Henrique Osório é professor universitário.
