Em (II), do subtítulo supra, numa dedução imediata do conceito de Estado, de Leslie Lipson, se disse que ?sem consciência não há Estado?. Deste modo, se vê que a consciência – apanágio do Estado -, deste, qualifica toda a sua funcionalidade. E não só, interna e externamente, caracteriza toda sua estrutura constitucional. Neste sentido, o Estado vem a ser (com toda ênfase possível) um núcleo energético cujo potencial se realiza pelo poder da consciência do cidadão, eleitor e governo.

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A ciência política, ?sabiamente? inserida na ação política, pode ser um fator expressivo da ordem social. E este afã que, com certeza, consta na intenção universitária, está a pedir (por todos os seus poros) que se torne uma prática verdadeira, de plena consciência.

Dissemos em ?As relações voluntárias? (IV), que estas relações, para se efetivarem, dependem de vontade do Estado. Trata-se de uma afirmação simples e, até mesmo, ingênua, mas, que, talvez, esteja mais próxima do que distante da verdade. A inserção da ciência política na elaboração da política pode se traduzir numa necessidade do próprio Estado, uma expressão de marcas indeléveis de sua estrutura. É de se esperar, então, que as universidades aliviem o Estado no desempenho desta sua nata incumbência: o espírito grego ao forjar a polis, temperando-a com o fulgor da ?primazia educativa?, está conclamando esta atitude do saber universitário.

Atualmente, o apelo à inserção da ciência política na vida política se faz, sobretudo, em nome da eficácia. Intervir por intervir, fazer por fazer, mudar por mudar, aparecer por aparecer, não faz sentido! Faz de conta.

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A Liga das Nações não evitou a segunda guerra mundial. E a Organização das Nações Unidas não impediu várias guerras e bagunças armadas em diversas partes do mundo e, mesmo, uma mais ampla, a tal da guerra fria.

Pedro Henrique Osório é professor universitário.