A Oficina de Música, cuja 29ª. edição está em pleno vapor e vai até o próximo dia 29, não é a única opção cultural de Curitiba no mês de janeiro. A cidade tem muito a oferecer na área das artes cênicas e em seus museus, que abrigam exposições permanentes e se mantêm abertos ao público no período de férias escolares.

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Até o próximo dia 30, no Teatro de Bonecos Dr. Botica, que funciona dentro do shopping Estação, acontece o Festival de Férias, que envolve uma programação extensa voltada às crianças. Entre os espetáculos programados estão Antenor e o boizinho voador, que conta a história de um garoto que sai em busca do sonho de voar; Labirinto do mundo, no qual é contada uma fábula que fala da importância do respeito ao próximo; e Ópera de carvão e flor, que faz uma reflexão sobre o trabalho infantil. As apresentações acontecem sempre às 15, 17 e 19 horas, com ingressos a R$ 10,00.

Ainda na área de teatro de bonecos, acontecem, também até o dia 30, diversas apresentações gratuitas de espetáculos em locais como o teatro do Piá, o teatro Cleon Jacques (no Parque São Lourenço), Parque Barigui e Ruínas do São Francisco. As iniciativas integram o projeto Férias Animadas, selecionado por edital do Fundo Municipal de Cultura, dentro do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura de Curitiba (PAIC). Datas e horários de espetáculos podem ser conhecidos através do www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br.

Na Biblioteca Pública do Paraná, para crianças entre 5 e 12 anos de idade, está sendo realizada uma gincana literária, na qual os participantes leem livros, respondem um questionário e fazem desenhos livres sobre os mesmos. Os vencedores serão divulgados no mês de março.

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O teatro Lala Schneider, na rua Treze de Maio, também não para. Para a criançada, nos domingos, às 16 horas, oferece o espetáculo A cigarra e a formiga. Para o público adulto, tem O servidor de 2 amos, aos sábados e domingos, às 18h30; Nossa cidade, de sexta a domingo, às 21 horas; e Um chifre nasceu em mim, às sextas e sábados, à meia-noite.

Já no Museu Oscar Niemeyer (MON), está acontecendo uma colônia de férias dirigida a crianças entre 6 e 12 anos de idade. A mesma, cuja participação exigiu inscrição prévia dos interessados, envolve visitas monitoradas a exposições, realização de oficinas e atividades lúdicas. A iniciativa vai até a próxima sexta-feira e tem como objetivo a formação de público e proporcionar entretenimento, lazer e cultura às crianças.

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Além disso, está em cartaz no MON exposições como O silêncio e a solidão da pintura de Leonor Botteri (até 3 de abril) e De Picasso a Gary Hill (até 27 de fevereiro), que podem ser visitadas de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas, com ingressos a R$ 4,00. Já no no Museu de Arte Contemporânea é possível apreciar, até 13 de março, a exposição Afluxus, de Jamir Jamal.

Picasso do século XXI

Com entrada gratuita, está em cartaz no Museu Andrade Muricy (Alameda Dr. Muricy, 915 -Centro) a exposição Sinopse, de Gerhard Richter, um dos artistas alemães mais conhecidos internacionalmente e, segundo a publicação Art Newspaper, é o “artista vivo mais caro” do mundo com obras que podem custar mais de nove milhões de dólares. A exposição individual apresenta 27 trabalhos representativos, selecionadas pelo próprio artista.

A mostra reúne desde os trabalhos de fotografia-pintura dos anos 60 até as pinturas abstratas dos anos 80 e 90. Também faz parte da temática de Richter a histór,ia contemporânea da Alemanha. Nascido em 9 de fevereiro de 1932, Gerhard Richter é um dos pintores de maior sucesso na atualidade. Pinturas a partir de fotografias e colagens de recortes de jornais e fotos são algumas de suas marcas registradas. O pintor Gerhard Richter, é considerado por críticos de arte o “Picasso do século XXI”. “Gerhard Richter é um dos artistas que conseguiram resgatar a pintura para o século 21. Já tivemos muitas vezes a situação de que a pintura foi considerada morta diante de outras técnicas, tais como a arte de ação ou a escultura”, diz o biógrafo Egler. “Com sua pintura baseada em motivos da mídia, Richter encontrou uma forma de continuar se dedicando à pintura numa época em que todos pensavam que já não seria mais possível pintar”. Gerhard Richter conseguiu uma façanha rara: ser um artista reconhecido no Leste e no Oeste da Alemanha e gozar de fama mundial. Mesmo que ninguém o reconheça na rua. A mostra fica em cartaz até o próximo mês.

Exposição

Autorretrato

Também na Casa Andrade Muricy e com entrada franca, está aberta até 27 de fevereiro a exposição Autorretrato, que conta com 111 artistas apresentando seus autorretratos em xilogravura.

Buscando resgatar as tradições da xilogravura, Andréia Las, orientadora das oficinas de gravura do Museu da Gravura da Cidade de Curitiba, convidou diversos artistas para que, utilizando essa técnica, fizessem uma obra representando si mesmo -um autorretrato, originando a exposição. São 111 obras inéditas produzidas nos dois últimos anos, período em que Andréia teve a ideia de realizar a mostra.

A idealizadora também explica o tema escolhido: “É um desafio para o artista se olhar e fazer um autorretrato em xilogravura”. Na exposição, é possível conhecer melhor alguns artistas locais, entre eles: José Roberto da Silva, Elvo Benito Damo, João Osório Brzezinski, Alex Cabral, Maikel da Maia, Dulce Osinski, Rimon Guimarães, Juliane Fuganti, Glauco Menta, Guita Soifer, Eliane Prolik e Alfi Vivern.

Divulgação
O quadro Máscaras, de Leonor Botteri, em exposição no MON, e o autorretrato de André Malinski.