A 87ª edição da festa do Oscar é a mais latina desde 2007, a contar pela quantidade de indicados em diversas categorias: são oito, procedentes de Argentina, Nicarágua, Brasil, Espanha e México. O número, no entanto, ainda está distante do recorde registrado em 2007, quando foram 18 indicações, graças à coincidência de filmes como Babel, de Alejandro Iñarritu, O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro, Filhos da Esperança, de Alfonso Cuarón, assim como as candidaturas de Volver, de Pedro Almodóvar como melhor filme estrangeiro, e de técnicos latinos em Apocalypto, de Mel Gibson, e ainda dois curtas-metragens espanhóis.

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Neste ano, a fila de latinos é encabeçada por Iñarritu, grande favorito à estatueta de direção por seu trabalho em Birdman pelo qual concorre por direção, filme e roteiro original (que divide com os argentinos Armando Bo e Nicolás Giacobone, netos do conhecido cineasta argentino Armando Bo, e ainda o americano Alexander Dinelaris). Ao lado de Cuarón, Iñarritu é o cineasta mexicano de mais sucesso no Oscar.

A lista de indicados continua com o também mexicano Emmanuel Lubezki, pela direção de fotografia de Birdman. Se vencer, será pela segunda vez seguida, pois ganhou no ano passado por Gravidade, de Cuarón. Birdman ainda tem outro latino indicado, Martin Hernández, pela edição de som, dividida com Aaron Glascock.

Gabriel Serra tornou-se, aos 30 anos, o primeiro nicaraguense a disputar uma final de Oscar. Ele dirige La Parka, que concorre entre os documentários de curta-metragem.

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A Argentina, cuja presença quase tem se tornado rotineira em festas do Oscar, participa desta vez com Relatos Selvagens, de Damián Szifrón, entre os filmes estrangeiros.

Já o Brasil não terá uma participação 100% nacional, pois o documentário O Sal da Terra conta com produtores franceses em sua maioria. Mesmo assim, o filme que relata a vida e a trajetória do fotógrafo Sebastião Salgado tem seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, como um dos diretores, ao lado do alemão Wim Wenders. E, apesar da chance considerada reduzida (o favorito é o americano Citizenfour, sobre o ex-agente Edward Snowden), Juliano está em Los Angeles, pronto para receber a estatueta.

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