Há exatos 20 anos, morria Renato Russo, vítima de complicações decorrentes do vírus da Aids. Veja 12 curiosidades sobre o líder da Legião Urbana:
1 – RIO/ NOVA YORK/ BRASÍLIA
Apesar de ser conhecido como um ícone de Brasília, Renato Russo nasceu no Rio de Janeiro, onde viveu até os seis anos na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade. Antes de ir para Brasília, o cantor ainda morou dois anos em Nova York com sua família. Foi só em 1973 que Renato se mudou para um apartamento de 150 metros quadrados do Bloco B da SQS 303, na Asa Sul de Brasília.
2 – DE PROFESSOR DE INGLÊS A LOCUTOR DE RÁDIO
Antes da carreira musical, Renato teve empregos curiosos. Logo após se mudar para Brasília, Renato foi matriculado no curso Cultura Inglesa, onde estudou e acabou virando professor. Além disso, após se formar em jornalismo, o futuro músico trabalhou como locutor na Rádio Planalto FM, onde apresentou um programa de jazz e, posteriormente, um só com músicas dos Beatles.
3 – DOENÇA ÓSSEA
Com apenas 15 anos, o líder da Legião Urbana foi diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Por conta disso, precisou implantar três pinos de platina na bacia. Na época, Renato ficou seis meses de cama quase sem se movimentar e a recuperação durou mais um ano e meio – que ele usou para ouvir muita música.
4 – RENATO MANFREDINI JÚNIOR RUSSO
O nome oficial do vocalista da Legião Urbana é Renato Manfredini Júnior. O Russo veio da época que ele se recuperava do tratamento de epifisiólise, quando passava muito tempo lendo. Dessa fase veio o sobrenome Russo, inspirado no filósofo e compositor Jean-Jacques Rousseau e no filósofo e matemático Bertrand Russell.
5 – AMORES
Renato revelou que nutria um amor platônico pelo companheiro de banda Dado Villa-Lobos, a quem traduzia como “um raro exemplo de beleza física aliada a sex appeal”. Seu relacionamento mais longo, porém, durou apenas seis meses e foi como um rapaz chamado Robert Scott Hickmon. Os dois se conheceram em Nova York, em novembro de 1989, e chegaram a morar juntos durante pouco tempo em 1990.
6 – HERDEIRO
O filho de Renato Russo se chama Giuliano Manfredini e é fruto de um envolvimento rápido do cantor com a fã Raphaela Manuel Bueno. A jovem engravidou logo nas primeiras semanas do relacionamento com Renato, sumiu e só reapareceu quando Giuliano já tinha três meses. No mesmo ano, Raphaela faleceu em um acidente de carro e a guarda da criança ficou com os pais de Renato.
7 – ÁLBUM INTEIRO EM ITALIANO
Seu segundo álbum solo, chamado “Equilíbrio Distante” é composto por 13 músicas em italiano, das quais quatro são covers da cantora Laura Pausini. O álbum, lançado em 1995, contém a faixa “Strani Amori”, último vídeo em que Renato Russo aparece.
8 – OVERDOSES
Renato quase morreu de overdose três vezes: duas vezes no Rio de Janeiro e uma vez em Brasília. Esta última, o cantor considera a pior de todas: estava com um parente e foi parar no hospital em estado grave após três dias de uso contínuo de cocaína sem se alimentar. Foi quando abandonou a cocaína, mas se concentrou no álcool.
9 – REHAB
Renato Russo passou 29 dias internado na clínica na clínica Vila Serena, no Rio, entre abril e maio de 1993. O cantor buscava tratar o vício tanto em drogas como cocaína e heroína quanto no álcool. Nesse período, o cantor registrava o dia a dia e escrevia sobre a vida – os rabiscos viraram um livro chamado “Só por hoje e para sempre – Diário do recomeço”.
10 – ÚLTIMO SHOW
O último show de Renato com a Legião Urbana foi no dia 14 de janeiro de 1995, na casa de apresentações “Reggae Night” em Santos, litoral de São Paulo. A apresentação era parte de uma turnê que foi cancelada logo depois deste show. Na ocasião, Renato deitou no palco e a plateia começou a cantar “Faroeste Caboclo”. Ele continuou deitado, pediu para apagar a luz e só o público cantou a gigantesca letra.
11- LEGADO NA DRAMATURGIA
A história de Renato Russo e suas músicas inspiraram, pelo menos, três filmes e cinco peças de teatro. O filme “Somos Tão Jovens” é uma obra biográfica, enquanto “Faroeste Caboclo” e “Pais e Filhos” usam as canções homônimas como ponto de partida. No teatro, “O Santo Cristo”, “Aonde Está Você Agora”, “Um Certo Faroeste Caboclo”, “R-Evolução Urbana – A Lenda do Rock” e “Renato Russo – A Peça” imortalizam o legado de Renato nos palcos.
12 – HOLOGRAMA
Mesmo após a morte, em 11 de outubro de 1996, Renato Russo voltou a subir no palco sob forma de holograma. Em 2013, um grande show em tributo ao cantor foi feito no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A apresentação, que utilizava tecnologia ainda inédita no Brasil, foi idealizada por Giuliano Manfredini, filho do cantor.