A noite foi tensa. Foi um jogo duro, difícil, sofrido. Mais do que muita gente esperava. Mas o Atlético venceu. Um 1×0 magro sobre o Millonarios, na noite de quarta-feira (1), na Arena da Baixada, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Libertadores. Um resultado que dá ao Furacão a vantagem de jogar pelo empate e também por qualquer derrota por um gol de diferença, desde que marque pelo menos uma vez. Só que se o duelo em Curitiba foi complicado, pôde-se imaginar o que virá na próxima quarta-feira, no El Campín, em Bogotá.
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“Nós esperávamos um time fechado”, disse Grafite, em entrevtsta à RPC. Se pensou isso, pensou errado. E se Paulo Autuori pensou isso, pensou mais errado ainda. O futebol colombiano marca forte, sim, mas no campo adversário, e tem um DNA ofensivo. Foi o que mostrou na Arena. O Millionarios nunca se retraiu, sempre tentou buscar o gol. E assim dominou quase todo o jogo. Explorando as laterais, onde Jonathan ainda não reúne a melhor forma, e Sidcley demonstrou a sua dificuldade em marcar. Aproveitando a noite ruim de Lucho González, que obrigava Otávio a se desdobrar para marcar. E impedindo que a bola chegasse a Pablo e Felipe Gedoz, o que fazia de Grafite um solitário atacante sem jogar.
Faltava criatividade, sobrava tensão na Arena. Ninguém se preparou para uma jornada tão nervosa. E talvez por isso Paulo Autuori antecipou a entrada de Carlos Alberto. O camisa 19 veio já na volta do intervalo, no lugar do discreto Crysan, que parece ter perdido outra chance daquelas. A entrada do meia animou o time e a torcida, o suficiente para fazer o Atlético criar uma chance. Jonathan ganhou pela direita e tocou para Pablo, que foi derrubado pelo zagueiro Franco. Pênalti, que Grafite cobrou. A sensação foi de festa e de alívio para os torcedores.
Por pouco tempo, porque começou um bombardeio colombiano. Era cruzamento, troca de passes, chutes de longe, bolas rasteiras e um petardo de McAllister Silva na trave. Não dava para imaginar o que iria acontecer até o instante final da partida. Naquele momento, já era melhor não tomar gol do que se arriscar para buscar o segundo. Com Matheus Rossetto e Léo em campo, o Atlético fez isso. Passou sufoco, jogou abaixo do esperado, mas venceu. Leva vantagem para Bogotá. E leva a certeza de terá um dos grandes desafios de sua história recente na próxima quarta-feira.