Ídolo do Flamengo, Zico afirmou nesta segunda-feira que acha estranha a suspensão de um ano imposta pela Fifa a Paolo Guerrero. O jogador foi flagrado no exame antidoping depois do empate por 0 a 0 entre Peru e Argentina, em outubro, pelas Eliminatórias da Copa.
Para Zico, nada na atuação do atleta naquele jogo indicou que ele pudesse estar sob efeito de qualquer substância proibida. O peruano testou positivo para a substância benzoilecgonina, um metabólito da cocaína. O atleta nega o uso da droga.
“Quem é do futebol sabe. Dá para notar quanto o cara está diferente no campo. E nada na atuação dele indicou qualquer alteração”, disse Zico ao Estado, em evento em São Paulo. “Lamento muito essa situação. Ele é um cara equilibrado, muito tranquilo e um grande profissional.”
Zico disse que espera uma explicação pública sobre o que aconteceu, e preferiu não opinar sobre o tempo de suspensão de Guerrero – um ano, que pode tirá-lo da Copa do Mundo da Rússia.
“Seria bom ter uma explicação pública para não manchar a imagem dele. Não tenho como julgar a pena”, analisou o ex-jogador. “Esses casos já aconteceram, já tiveram até penas maiores. Às vezes, você faz alguma coisa e acha que não vai dar em nada, toma um chazinho, está na boa intenção, e isso acaba dando errado.”
FLAMENGO – Zico disse que está confiante de que o Flamengo poderá reverter a derrota da última quarta-feira para o Independiente, na Argentina, por 2 a 1, e conquistar o título da Sul-Americana nesta quarta, no jogo de volta, no Maracanã. “O Flamengo tem todas as condições de alcançar o título”, afirmou.
“Tem tido um retrospecto muito bom em todos os jogos no Maracanã e precisa ganhar esse último jogo que falta. Agora, os jogadores têm de ter confiança e tranquilidade. Na Argentina, terminaram bem o jogo, indo para cima, e viram que eles têm um time bom, mas não são invencíveis.”
COPA DO MUNDO – O ex-jogador disse estar otimista em relação ao Brasil na Copa do Mundo de 2018, mas pede atenção aos rivais da fase de grupos, Suíça, Costa Rica e Sérvia. Para ele, a seleção de Tite é favorita ao título, ao lado dos times de França, Espanha e Alemanha.
“O grupo do Brasil é normal. Nem muita facilidade, nem muita dificuldade. Se o Brasil jogar o futebol que tem jogado, passa com facilidade. Mas a forma de jogar da Suíça pode complicar bastante. É um time muito fechado, bem armado e que traz perigo nos contra-ataques. A Costa Rica fez uma boa Copa (no Brasil), mas é difícil o raio cair no mesmo lugar. A Sérvia é muito ofensiva e pode dar trabalho para a defesa.”