Zico se esforçou, resistiu, defendeu a permanência de Rogério Lourenço, mas não resistiu aos apelos da torcida. Após anunciar a demissão, o diretor executivo do futebol do Flamengo admitiu nesta sexta-feira que a pressão das arquibancadas foi determinante para a queda do treinador.
“O maior patrimônio do Flamengo é a torcida. Quando ela se manifesta dessa forma, temos que pensar. A manifestação não foi orquestrada. Saí do Maracanã com a convicção de que era preciso mudar. O Flamengo está em 10.º lugar. A demissão não foi por conta dos resultados. Ele saiu pela pressão da torcida. A situação chegou a um ponto em que as coisas só poderiam piorar”, justificou Zico, diretor executivo do futebol do Flamengo.
A decisão foi tomada nesta sexta, em reunião de Rogério com Zico. Os dois chegaram a um consenso de que era hora de uma mudança no comando técnico da equipe. Marcelo Buarque, seu auxiliar técnico, também deixa o posto. Há a possibilidade de Rogério voltar a exercer outra função no clube.
Zico comentou ainda que o clube ainda não definiu um substituto para Lourenço. No domingo, Toninho Barroso vai comandar a equipe diante do Guarani, em Campinas. “Não vou falar em nomes, nem em perfil antecipadamente. Vou pensar sempre no que é melhor para o Flamengo. Com a pressão da torcida, deu para perceber que daqui para frente seria complicado”, ponderou.