Técnico novo, vida nova. Em meio a uma quase que total reformulação do elenco, o Paraná Clube apresenta o técnico Zetti, que após dois anos tem a missão de reconduzir o clube à primeira divisão nacional.
Com números invejáveis no próprio clube e passagens vitoriosas por Paulista, Juventude e Fortaleza, o treinador renova o astral do grupo e acredita no “projeto” a ele apresentando.
Sabe que o período é de transição e terá que apostar corrida contra o tempo para encontrar uma nova formação e fazer do Tricolor mais do que um time competitivo.
“A grande sacada da Série B é ter um grande elenco. Você precisa contar com 22 atletas de mesmo nível. Assim, é possível encarar a dificuldade de uma competição longa e muito equilibrada”, ponderou o treinador.
Citou como exemplo, o Juventude, equipe que comandou na Série B do ano passado. “Tínhamos um bom time e seguimos boa parte da competição entre os primeiros colocados. Mas, quando ficamos sem sete titulares, também perdemos o rumo”, recordou. O técnico se mostrou extremamente à vontade neste retorno ao clube.
Em 2007, Zetti foi o técnico escolhido para comandar o Tricolor no momento mais importante de sua história: a disputa da inédita Libertadores. “Foram cinco meses de muitas alegrias. Não conquistamos o título paranaense, mas chegamos à decisão, derrubando tabus e favoritos”, recordou.
“Por isso, fiquei muito triste no fim daquele ano, quando vi o Paraná ser rebaixado. Agora, vamos atrás dessa volta à primeira divisão.” O técnico traz no currículo, três vice-campeonatos em sequência, do Paulista, do Paranaense e do Gaúcho. “Foram campanhas marcantes”, resumiu.
O paulista Armelino Donizete Quagliato, 44 anos, há dois anos trocou o Paraná pelo Atlético Mineiro. Indagado sobre essa questão, um possível assédio de outros clubes, até da Série A, o técnico foi incisivo.
“Estou voltando para ficar, pelo menos até o fim do ano. Lá atrás, foram outras circunstâncias. Há detalhes que não vêm ao caso falar agora. O importante é que estou feliz com essa nova oportunidade.”
Nas palavras de Zetti, a busca por uma das quatro primeiras colocações nesta Série B não é desafio, mas responsabilidade. “Convivi muito com a Segundona nos últimos anos e acho que posso passar essa vivência para esse novo grupo que está se formando.”
Como em sua primeira passagem, o treinador terá que coordenar essa reestruturação. Nas primeiras rodadas, vai para o sacrifício, lançando atletas recém-contratados e tentando armar um time coeso e competitivo.
