Zetti nunca escondeu ser avesso a profundas mudanças em suas equipes. No Paraná Clube não é diferente. Após seis rodadas, as mudanças ocorreram por lesões ou suspensões e o esquema tático também permanece inalterado (salvo pequenos ajustes).
O treinador, porém, estuda alterações na equipe, que ainda não se mostrou completamente confiável na Série B. Mesmo invicto há três jogos, o Tricolor não atingiu a regularidade esperada pela comissão técnica.
Um quadro que pode gerar ajustes para o jogo desta sexta-feira, em Florianópolis -às 21h, no Orlando Scarpelli, contra o Figueirense. Antes mesmo do jogo contra o Juventude, Zetti chegou a estudar a possibilidade de lançar mão de um terceiro volante para fortalecer o sistema de marcação.
Não o fez de início, mas ainda no primeiro tempo se viu obrigado a trocar Wando por Edimar. Resultado: o time equilibrou as ações e ainda chegou à vitória. Por isso, não será surpresa se a estratégia for repetida diante do alvinegro catarinense.
O atacante Wando, mais cotado para deixar a equipe, encara a situação com naturalidade. “O Paraná está mostrando que é um dos times mais fortes dessa Série B. E, isso, porque tem elenco.
Então, é normal que em algum momento você acabe ficando de fora”, disse o jogador. O atacante carrega o peso de ainda não ter feito um golzinho sequer com a camisa tricolor.
Contratado no início da temporada, Wando só foi utilizado pelo então técnico Paulo Comelli no decorrer das partidas. O atacante vivia um processo de recuperação depois de uma temporada marcada por lesões.
No total, ao longo do Paranaense e da Copa do Brasil, atuou em treze jogos (quatro deles como titular e apenas após a chegada de Wagner Velloso). Com Zetti, Wando assumiu de vez a camisa 7, mas com algumas funções táticas diferenciadas.
Na prática, o treinador utiliza Wando e Bebeto como meias quando o time não está com a posse de bola. Uma situação que nenhum deles parece ter assimilado completamente.
“Estamos tentando ajudar. Mas, é claro que fica mais difícil fazer gols atuando mais distante da área”, lembra Bebeto, sem esconder um certo desconforto com o seu posicionamento.
Tudo isso pode fazer com que Zetti – enquanto não pode contar plenamente com Dinelson – escale mais um jogador no meio-de-campo. Aí, a disputa ficaria entre Edimar, um típico volante marcador, e Luiz Henrique, que na visão do treinador é mais um armador.
Zetti até aqui não se posicionou sobre modificações. Mas, logo após o empate com o Ceará, admitiu que elas poderiam ocorrer. O coletivo desta tarde, então, promete ser disputadíssimo, valendo algumas vagas na equipe titular.
Com direito a uma briga na lateral-esquerda, onde Fabinho tenta recuperar a posição perdida para Murilo Ceará. Sem jogadores lesionados ou suspensos, Zetti tem a chance de escalar a equipe ideal para estender a invencibilidade por mais uma rodada e, enfim, encostar no pelotão de frente da Segundona.