A derrota em Natal, na última 6.ª-feira (3 a 1 para o América-RN) deixou o Paraná Clube ainda mais distante do G-4 e também do rendimento necessário para se colocar como um candidato real por uma das quatro vagas de acesso à Série A.

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Talvez reflexo das dificuldades e de uma reformulação feita às pressas , o Tricolor deixou a sofrida torcida paranista ainda mais apreensiva. Na prática, tem apenas 11% de aproveitamento, muito abaixo do rendimento necessário para se garantir entre os primeiros colocados da Série B.

Mesmo compactuando com algumas projeções como a feita por Vadão, técnico do Guarani-SP, que trabalha com mini-metas de seis jogos, onde busca somar dez pontos o técnico Zetti prefere trabalhar jogo a jogo, mas mantendo uma visão global da competição.

“Vencendo, você sempre se manterá numa posição de destaque. Então, o trabalho é feito no sentido de vencer sempre. Em especial em casa”, destacou o treinador paranista. “Quando isso não ocorre, é necessário recuperar os pontos fora. Já temos uma conta bem negativa para reverter”, explicou.

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Apesar da matemática, Zetti demonstra aparente serenidade, mesmo admitindo que o quadro está distante de ser aceitável para esse início de competição. O técnico tricolor tem, sim, como parâmetro, um objetivo: chegar aos 63 pontos, considerado o “número mágico” para se garantir acesso à elite do futebol brasileiro. Zetti nem fala tanto em pontuação, mas número de vitórias.

“Temos que vencer 21 jogos”, afirma. Pelo histórico da competição, é impossível não subir com esses números, ou seja, em torno de 55% de rendimento. No ano passado, por exemplo, o Barueri-SP foi o 4.º colocado (último a subir) com 55,3% de aproveitamento. Desde que a Segundona passou a ser disputada por pontos corridos, foi o ano em que o último classificado obteve a pontuação mais elevada.

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“Temos que nos basear em números assim, para não correr riscos”, justifica Zetti. Em 2007, por exemplo, o Vitória-BA subiu com apenas 59 pontos. Porém, em 2006, o Paulista fez 61 pontos, mas perdeu a vaga para o América-RN, que atingiu a mesma marca, mas com 19 vitórias, contra “apenas” 17 do time de Jundiaí.

Mais cálculos

Num resumo do que ocorreu na Segundona nessas últimas temporadas, quem vence 19 vezes um turno inteiro se garante. “Por isso, precisávamos desse resultado. Frente ao Vasco-RJ, é fundamental consiguir os três pontos, para não deixar essa desconfiança momentânea ganhar maior proporção”, ponderou Zetti.

A posição atual, no “rabeira” da tabela de classificação, é considerada ruim pela comissão técnica, mesmo diante das profundas mudanças ocorridas ao longo das últimas semanas.

“Temos muito a melhorar. E será mais difícil trabalhar sob pressão. Agora e ter serenidade, para dar tranquilidade e confiança ao grupo. Erramos, mas também fizemos coisas boas no jogo, que não podem ser perdidas”, analisou o treinador, que agora terá pela frente um dos favoritos ao acesso, o Vasco.

O clube carioca, porém, chegará à próxima rodada ainda com a cabeça da Copa do Brasil (o jogo ocorre entre os duelos com o Corinthians-SP). “Isso, no fundo, pouco importa, temos é que fazer a nossa parte e vencer o jogo”, arrematou Zetti.