O Paraná Clube tenta aproveitar cada instante dessa “folga” na tabela. Como só volta a campo no dia 12 de junho, para encarar o Ceará, no Durival Britto, a comissão técnica faz agora uma avaliação mais ampla do grupo.

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Com ênfase às avaliações físicas, que servirão de parâmetro para o restante da temporada. Na prática, é o tempo disponível para minimizar diferenças físicas, potencializadas num grupo formado às pressas e ainda em mutação.

Zetti completou um mês de casa. Nesse período, disputou cinco jogos. A sequência pode até nem parecer desgastante – uma partida a cada seis dias – só que no Tricolor há outros fatores a serem considerados.

Além da aplicação de uma nova filosofia de trabalho, Zetti & cia. também tiveram que administrar a chegada de muitos atletas num momento crítico, de largada de competição. Catorze contratações foram feitas para a disputa da Série B, sendo metade delas depois do início da competição.

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Na mesma proporção, o clube conviveu também com a consequente dispensa de um grupo de atletas (e o afastamento de outros). Nesse entra e sai, o Paraná disputou ainda três jogos fora de casa, com as viagens – para Salvador, Natal e Caxias do Sul – reduzindo consideravelmente o tempo de preparação.

“Houve alguns momentos onde o descanso e a recuperação dos atletas eram mais importantes do que o treinamento”, comentou o preparador físico Rodrigo Rezende.

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Zetti mantém a mesma programação que estabeleceu quando de sua chegada. A partir da oitava rodada, quer todo o grupo num mesmo estágio de preparação e coeso para a maratona de jogos que o clube terá. Isso porque a partir de julho os jogos ficam mais próximos, com duas rodadas intermediárias completas. “Vários dos jogadores que chegaram estavam parados há um mês. Então, estamos tentando administrar caso a caso”, ponderou o treinador paranista.

Talvez o melhor exemplo dessa cautela da comissão técnica seja o meia Dinelson. O jogador não vê a hora de iniciar uma partida. Mas, Zetti frisa a cada instante que quer Dinelson não para um jogo, mas para todo o campeonato.

“Não tenho só onze titulares. Dependendo do jogo, da necessidade, faço a melhor opção”, explica o técnico. A partir dessas avaliações – que incluem trabalhos de força, resistência e potência muscular – ele terá uma base numérica para direcionar os trabalhos nas próximas semanas, onde o Paraná encara Ceará, Figueirense e Brasiliense, de olho no G4.